“Diego & Frida” de J.M.G. Le Clézio (Relógio d’Água)
A biografia de Le Clézio sobre o mais mediático casal de pintores do século XX é, na realidade, um ensaio cuja finalidade é a de interpretar o estilo pictórico de ambos. Inserido no contexto histórico em que se projecta a carreira artística de cada um e as respectivas correntes estéticas a eles associadas, o Autor estabelece a relação entre a pintura e a personalidade específica de cada um.
Le Clézio debruça-se, também, sobre as motivações que levam ao despoletar, à consolidação e ao prolongamento da paixão que os une.
Diego e Frida não têm em comum apenas e só as afinidades artísticas: partilham também, o amor pela cultura índia e os ideais revolucionários de pendor marxista. É também, de acordo com o Autor, o tipo de amor que Freud apelidou de “multidimensional”, ao abranger a componente fraternal, maternal e erótica. O que os une é, sobretudo, um temperamento anti-convencional, uma ânsia infinita de liberdade. Todos estes elementos acabam por tornar possível a existência de um entendimento quase perfeito ou, pelo menos, possibilita ultrapassarem divergências e minimizar os efeitos de algumas das mais graves crises pelas quais passaram.
Uma combinação de factores que explica o facto de Frida ter permanecido ligada à vida de Diego apesar de este sempre se ter ligado a outras mulheres relacionadas com as artes, mesmo depois do divórcio de ambos.
A cultura mexicana é o elemento que aproxima a forma de expressão artística de ambos apesar das diferenças subtis no tocante à temática: a pintura de Diego Rivera é, sobretudo, ideológica, ao passo que a de Frida retrata o seu próprio mundo interior, recorrendo, para isso, à linguagem simbólica dos surrealistas. No entanto os quadros de Frida não retratam propriamente o nonsense surrealista mas antes os sentimentos vulcânicos que a assolam e dimensão incomensurável da dor que a acompanha durante a vida e que aparece codificada na simbologia dos surrealistas que se inspiram na linguagem freudiana. Após o acidente, Frida Kahlo refugia-se na pintura para não sucumbir à depressão e como forma de se manter agarrada à vida. A pintora foca-se, principalmente, na cultura mexicana com raízes nas civilizações pré-colombianas, sobretudo na cultura azteca e maia, cujos elementos estão presentes nos seus quadros, tais como o uso de máscaras, e símbolos como o sol, a incarnar a figura mitológica de Hochitl. A pintura de Frida é assim, arquetípica, ao passo que Diego utiliza símbolos da cultura mexicana contemporânea à época em que viveu, ao representar sobretudo, cenas do quotidiano das classes trabalhadoras.
A arte de Diego aparece, na maior parte das vezes, como forma de contestação do estilo de arte colonial ou colonialista. Um estilo que é importado da Europa e direccionado à burguesia mercantilista do tempo da ditadura de Porfírio Díaz.
Diego refutava o fausto, exibido à época pelas classes privilegiadas, um estilo de vida que era projectado nas artes plásticas do período romântico, mas que contrasta violentamente com a realidade e a miséria observadas nas ruas da cidade do México, envolvendo o dia-a-dia das classes trabalhadoras.
Diego passa uma temporada na Europa, no início do século XX, onde em primeiro lugar toma contacto com o estilo de mestres como Goya, Cézanne, Picasso e outros nos anos que antecedem a primeira Grande Guerra começando, logo a segui, a contactar também com os artistas ligados ao movimento surrealista.
Frida, por seu lado, torna-se revolucionária no que toca à sua própria forma de expressão plástica, ao utilizar a cor como forma de expressão das emoções. De onde o amarelo surge como associado à loucura ao desespero ou, dependendo do contexto, à alegria. O magenta, está normalmente associado à vitalidade. Enquanto isso, o verde pode representar tanto a tranquilidade como a tristeza ou a dor, conforme a tonalidade utilizada. Por fim, o azul, sobretudo na tonalidade índigo, representa para ela o amor.
À pintura de Frida parece estar, segundo Le Clézio, relacionada com a terra, com as forças designadas por “telúricas”, ao quotidiano emocional dos afectos mais primitivos, mas uma linguagem codificada que acaba por se revestir de alguma violência ao retratar não só a dor, mas a revolta, que se manifesta tanto numa forma de protesto contra a violência doméstica como na forma de atrair a atenção para a sua própria pessoa. Um exemplo é a forma como transporta para a tela a desolação pela perda de um filho ou o esboroar do sonho de ser mãe: vísceras e os restos sanguinolentos daquilo que poderia ser uma criança são a máxima expressão do estridentismo na pintura de Kahlo. Da mesma forma, a solução irrevogável de uma amiga, Dorothy Hale, que se suicida, ao defenestrar-se do alto de um arranha-céus nova-iorquino. O estridentismo é caracterizado, sobretudo, pela violência na expressão das emoções no sentido de provocar uma reacção no público.
A paixão erótica também se encontra presente na temática de Frida Kahlo, embora codificada ao estilo dos surrealistas. A linguagem pictórica relacionada com esta vertente da sua expressão artística é sobretudo composta figuras humanas quase todas auto-retratos, conjugadas com elementos vegetais, conotados com os órgãos sexuais, tanto femininos como masculinos, o que vem lançar mais uma achega para atestar a bissexualidade da pintora. Ou simplesmente para a intensidade do desejo de ter filhos. Diego aparece frequentemente identificado com o sol, o astro-rei ou como o “terceiro olho” a representar o lugar central que ocupa no universo das suas emoções.
Segundo o Autor, Frida vê no casamento com Diego como uma espécie de religião, um quase dogma, cuja base reside na crença de unidade e complementaridade entre ambos. Esse mesmo dogma quebra-se quando Diego se envolve com Cristina, a irmã e confidente de Frida, à qual sempre se via como aliada apesar de todas as divergências ou rivalidades.
“Todos os meus motivos de discussão com Diego me passam pelos ovários” (pp 201-202).
Após a separação, o voto de confiança quebra-se. Frida terá alguns romances extraconjugais e heterossexuais que acabaram por lhe atribuir fama de sedutora.
Ainda segundo Le Clézio, Frida teria inicialmente captado a atenção de Diego pelo olhar – “travesso, frontal, e revelador de autoconfiança” – ainda antes do acidente; após um segundo encontro, já depois do acontecimento, que a deixou inválida durante longos meses, captava-lhe a expressão de revolta, a profundidade e um grau de sofrimento invulgar para a idade, onde se misturava uma generosa dose de doçura.
No início da relação com Diego e por influência deste, Frida abraçou a causa da ideologia marxista-leninista actuando como militante em parceria com a fotógrafa Tina Modotti, na difusão de propaganda revolucionária. Posteriormente, Frida revela-se como anti-estalinista apesar de nunca deixar de ser revolucionária, afirmando que “A Arte não poderia estar ao serviço da política”.
Ao reconciliar-se com Diego, após a separação, a união nunca mais será a mesma. Trata-se de um acordo onde está presente a marca da solidão, pois vivem em quartos, camas, estúdios, vidas separadas. Uma vida com um vazio que Frida tentará colmatar com romances de curta duração, até o seu estado de saúde piorar inexoravelmente.
Frida e as Cidades
Durante os seus exílios temporários fora do México, motivados sobretudo pelos imperativos associados à carreira e Diego e, posteriormente, por motivos pessoais e profissionais, Frida sentia-se muitas vezes como um peixe fora de água, facto que é corroborado pelo Autor em vários momentos da obra.
A pintora achou sempre Nova Iorque uma cidade hostil, principalmente por causa da barreira da língua. Frida falava mal inglês, mas mais do que isso, achava a cidade fria, impessoal, recheada de pessoas superficiais. A então esposa de Diego Rivera não suportava o puritanismo dos norte-americanos, acabando por mergulhar num período marcadamente depressivo, durante a estadia naquela localidade, devido ao trabalho de Diego, relacionado com a Fundação Rockefeller.
O mesmo já não parecia acontecer em S. Francisco, devido à presença de imigrantes mexicanos e à aceitação, pela população em geral, do exotismo de Frida como uma lufada de ar fresco, em particular pelas mulheres, que adoravam imitá-la.
Mas mais do que a Big Apple, Frida odiou sobretudo Paris e a Europa do surrealismo, ao manifestar o mais virulento desprezo aos adeptos deste movimento e, particularmente, a André Breton. Frida achava os surrealistas superficiais, demagogos, irrealistas e ridículos, uma vez que face a um problema tão grave como aquele pelo qual a Europa estava a passar, com a ascensão do nazismo, aqueles passavam o dia “preocupados com questões fúteis”. A pintora ficou, desde então, com uma impressão assaz negativa dos franceses a par da “insuportável hipocrisia e puritanismo dos gringos”.
Um obra magnífica, o retrato de duas vidas fascinantes retratadas pelo vencedor do Prémio Nobel da Literatura em 2008: a de um homem do mundo e de uma mulher que ama e odeia com a mesma intensidade.
Um livro para devorar de um só fôlego.
Cláudia de Sousa Dias
Le Clézio debruça-se, também, sobre as motivações que levam ao despoletar, à consolidação e ao prolongamento da paixão que os une.
Diego e Frida não têm em comum apenas e só as afinidades artísticas: partilham também, o amor pela cultura índia e os ideais revolucionários de pendor marxista. É também, de acordo com o Autor, o tipo de amor que Freud apelidou de “multidimensional”, ao abranger a componente fraternal, maternal e erótica. O que os une é, sobretudo, um temperamento anti-convencional, uma ânsia infinita de liberdade. Todos estes elementos acabam por tornar possível a existência de um entendimento quase perfeito ou, pelo menos, possibilita ultrapassarem divergências e minimizar os efeitos de algumas das mais graves crises pelas quais passaram.
Uma combinação de factores que explica o facto de Frida ter permanecido ligada à vida de Diego apesar de este sempre se ter ligado a outras mulheres relacionadas com as artes, mesmo depois do divórcio de ambos.
A cultura mexicana é o elemento que aproxima a forma de expressão artística de ambos apesar das diferenças subtis no tocante à temática: a pintura de Diego Rivera é, sobretudo, ideológica, ao passo que a de Frida retrata o seu próprio mundo interior, recorrendo, para isso, à linguagem simbólica dos surrealistas. No entanto os quadros de Frida não retratam propriamente o nonsense surrealista mas antes os sentimentos vulcânicos que a assolam e dimensão incomensurável da dor que a acompanha durante a vida e que aparece codificada na simbologia dos surrealistas que se inspiram na linguagem freudiana. Após o acidente, Frida Kahlo refugia-se na pintura para não sucumbir à depressão e como forma de se manter agarrada à vida. A pintora foca-se, principalmente, na cultura mexicana com raízes nas civilizações pré-colombianas, sobretudo na cultura azteca e maia, cujos elementos estão presentes nos seus quadros, tais como o uso de máscaras, e símbolos como o sol, a incarnar a figura mitológica de Hochitl. A pintura de Frida é assim, arquetípica, ao passo que Diego utiliza símbolos da cultura mexicana contemporânea à época em que viveu, ao representar sobretudo, cenas do quotidiano das classes trabalhadoras.
A arte de Diego aparece, na maior parte das vezes, como forma de contestação do estilo de arte colonial ou colonialista. Um estilo que é importado da Europa e direccionado à burguesia mercantilista do tempo da ditadura de Porfírio Díaz.
Diego refutava o fausto, exibido à época pelas classes privilegiadas, um estilo de vida que era projectado nas artes plásticas do período romântico, mas que contrasta violentamente com a realidade e a miséria observadas nas ruas da cidade do México, envolvendo o dia-a-dia das classes trabalhadoras.
Diego passa uma temporada na Europa, no início do século XX, onde em primeiro lugar toma contacto com o estilo de mestres como Goya, Cézanne, Picasso e outros nos anos que antecedem a primeira Grande Guerra começando, logo a segui, a contactar também com os artistas ligados ao movimento surrealista.
Frida, por seu lado, torna-se revolucionária no que toca à sua própria forma de expressão plástica, ao utilizar a cor como forma de expressão das emoções. De onde o amarelo surge como associado à loucura ao desespero ou, dependendo do contexto, à alegria. O magenta, está normalmente associado à vitalidade. Enquanto isso, o verde pode representar tanto a tranquilidade como a tristeza ou a dor, conforme a tonalidade utilizada. Por fim, o azul, sobretudo na tonalidade índigo, representa para ela o amor.
À pintura de Frida parece estar, segundo Le Clézio, relacionada com a terra, com as forças designadas por “telúricas”, ao quotidiano emocional dos afectos mais primitivos, mas uma linguagem codificada que acaba por se revestir de alguma violência ao retratar não só a dor, mas a revolta, que se manifesta tanto numa forma de protesto contra a violência doméstica como na forma de atrair a atenção para a sua própria pessoa. Um exemplo é a forma como transporta para a tela a desolação pela perda de um filho ou o esboroar do sonho de ser mãe: vísceras e os restos sanguinolentos daquilo que poderia ser uma criança são a máxima expressão do estridentismo na pintura de Kahlo. Da mesma forma, a solução irrevogável de uma amiga, Dorothy Hale, que se suicida, ao defenestrar-se do alto de um arranha-céus nova-iorquino. O estridentismo é caracterizado, sobretudo, pela violência na expressão das emoções no sentido de provocar uma reacção no público.
A paixão erótica também se encontra presente na temática de Frida Kahlo, embora codificada ao estilo dos surrealistas. A linguagem pictórica relacionada com esta vertente da sua expressão artística é sobretudo composta figuras humanas quase todas auto-retratos, conjugadas com elementos vegetais, conotados com os órgãos sexuais, tanto femininos como masculinos, o que vem lançar mais uma achega para atestar a bissexualidade da pintora. Ou simplesmente para a intensidade do desejo de ter filhos. Diego aparece frequentemente identificado com o sol, o astro-rei ou como o “terceiro olho” a representar o lugar central que ocupa no universo das suas emoções.
Segundo o Autor, Frida vê no casamento com Diego como uma espécie de religião, um quase dogma, cuja base reside na crença de unidade e complementaridade entre ambos. Esse mesmo dogma quebra-se quando Diego se envolve com Cristina, a irmã e confidente de Frida, à qual sempre se via como aliada apesar de todas as divergências ou rivalidades.
“Todos os meus motivos de discussão com Diego me passam pelos ovários” (pp 201-202).
Após a separação, o voto de confiança quebra-se. Frida terá alguns romances extraconjugais e heterossexuais que acabaram por lhe atribuir fama de sedutora.
Ainda segundo Le Clézio, Frida teria inicialmente captado a atenção de Diego pelo olhar – “travesso, frontal, e revelador de autoconfiança” – ainda antes do acidente; após um segundo encontro, já depois do acontecimento, que a deixou inválida durante longos meses, captava-lhe a expressão de revolta, a profundidade e um grau de sofrimento invulgar para a idade, onde se misturava uma generosa dose de doçura.
No início da relação com Diego e por influência deste, Frida abraçou a causa da ideologia marxista-leninista actuando como militante em parceria com a fotógrafa Tina Modotti, na difusão de propaganda revolucionária. Posteriormente, Frida revela-se como anti-estalinista apesar de nunca deixar de ser revolucionária, afirmando que “A Arte não poderia estar ao serviço da política”.
Ao reconciliar-se com Diego, após a separação, a união nunca mais será a mesma. Trata-se de um acordo onde está presente a marca da solidão, pois vivem em quartos, camas, estúdios, vidas separadas. Uma vida com um vazio que Frida tentará colmatar com romances de curta duração, até o seu estado de saúde piorar inexoravelmente.
Frida e as Cidades
Durante os seus exílios temporários fora do México, motivados sobretudo pelos imperativos associados à carreira e Diego e, posteriormente, por motivos pessoais e profissionais, Frida sentia-se muitas vezes como um peixe fora de água, facto que é corroborado pelo Autor em vários momentos da obra.
A pintora achou sempre Nova Iorque uma cidade hostil, principalmente por causa da barreira da língua. Frida falava mal inglês, mas mais do que isso, achava a cidade fria, impessoal, recheada de pessoas superficiais. A então esposa de Diego Rivera não suportava o puritanismo dos norte-americanos, acabando por mergulhar num período marcadamente depressivo, durante a estadia naquela localidade, devido ao trabalho de Diego, relacionado com a Fundação Rockefeller.
O mesmo já não parecia acontecer em S. Francisco, devido à presença de imigrantes mexicanos e à aceitação, pela população em geral, do exotismo de Frida como uma lufada de ar fresco, em particular pelas mulheres, que adoravam imitá-la.
Mas mais do que a Big Apple, Frida odiou sobretudo Paris e a Europa do surrealismo, ao manifestar o mais virulento desprezo aos adeptos deste movimento e, particularmente, a André Breton. Frida achava os surrealistas superficiais, demagogos, irrealistas e ridículos, uma vez que face a um problema tão grave como aquele pelo qual a Europa estava a passar, com a ascensão do nazismo, aqueles passavam o dia “preocupados com questões fúteis”. A pintora ficou, desde então, com uma impressão assaz negativa dos franceses a par da “insuportável hipocrisia e puritanismo dos gringos”.
Um obra magnífica, o retrato de duas vidas fascinantes retratadas pelo vencedor do Prémio Nobel da Literatura em 2008: a de um homem do mundo e de uma mulher que ama e odeia com a mesma intensidade.
Um livro para devorar de um só fôlego.
Cláudia de Sousa Dias
12 Comments:
Excelente sugestão, Cláudia. Irei mesmo amanhã à procura deste livro. Fiquei com um curiosidade enorme depois do seu artigo.
um abraço
Tenho dois do Le Clézio (Désert e Raga) comprados e à espera do final de Agosto. É um autor que faz parecer fácil a escrita. E, honestamente, sem qualquer laivo de pedantismo o que se perde nas traduções é, por vezes, relevante, mesmo qd são boas, especialmente naquilo a que chamaria uma nobreza sintáctica muito particular.
Não conheço esta obra mas o teu post é, como sempre, um exercício bem lúcido de pré-leitura.
abraço
P.
Tenho de contar, um dia destes, o equívoco gerado pela obra desta pintora numa missão em Lima, há alguns anos atrás. Falta-me o tempo... Tempus fugit!
é muito bom, sim senhora!
o anterior também tem o seu interesse, inclusivamente por causa de alguns originais escritos pela própria pintora, que devia ter uma personalidade muito interessante.
mas este é, sem dúvida, uma obra a reter.
também ando à procura da versão de Rauda Jamis que perece estar esgotada em todo o lado "fRIDA: auto-retrato de uma mulher". Já sabemos que se trata de ficção, uma vez que ela não chegou a escrever as suas memórias.
no entanto a autora recorreu a várias obras de Rquel Tibol sobre a vida de ambos, reconstituindo a menaira de falar da pinhtora, com os laivos de estridentismo inspiradas nos quadros dela o faz com que se devore os textos.
são trÊs pontos de vista e três linguagens muito diversas quanto à forma de abordar a vida de alguém com uma personalidade tão complexa quanto fascinante.
csd
ah, mas quero ler ou ouvir...porque o
tempus fugit, mas tu não!
csd
obrigada, mais uma vez, Bau!
o Désert eu tenho, mas vou ter de me contentar com a tradução.
no entanto, ontem, ao começar a redigir o comentário a uma obra de tabucchi, pensei mesmo que certas obras não dispensam a leitura do original mesmo tendo uma boa tradução. alías eu diria mesmo: apesar da utilidade de uma boa tradução, para quem não tiver o perfeito domínio das expressoões idiomáticas da língua francesa ou italiana...
csd
Já o tenho comigo... Vou começar ainda hoje :))
um abraço
:-) Roberto
ciao, roberto!
mi piace rivederti qui...!
baci, mille
csd
também gostei muito. Comprei por curiosidade, porque já conhecia a biografia da pintora e do pintor...
às vezes ficou-me só o amargo de tanto elogio ao socialismo, que não vem só dos dois pintores, mas da boca do escritor. creio que poderia ter sido mais comedido, aqui.
de qualquer modo, fica-me a ideia de que este livro não é para ser lido como uma biografia, mas antes como um romance...
Fabulosa sugestão e excelente resumo subjetivo sobre a personalidade da Frida. Gosto muito da escrita do Le Clézio, principalmente em O Africano e o Peixe Dourado... Acabei adquirindo a Biografia de Diego e Frida.
Obrigada,
Malu
não tenho esses dois, malu...vou pesquisar.
Obrigada pela sugestão!
csd
Post a Comment
<< Home