“Verdade ao Amanhecer” de Ernest Hemingway (Dom Quixote)
Em África uma coisa é verdade ao amanhecer e mentira ao meio-dia e não devemos respeitá-la mais do que ao maravilhoso e perfeito lago bordejado de ervas que se vê além na planície salgada, crestada pelo sol. Atravessámos essa planície pela manhã e sabemos que tal lago não existe. Mas agora está lá e é absolutamente belo, verdadeiro e verosímil.
Ernest Hemingway in Verdade ao Amanhecer
Verdade ao Amanhecer, o romance póstumo de Ernest Hemingway, é, na verdade, um relato que narra o período durante o qual o escritor viveu com a sua quarta esposa – Mary – no Quénia, ainda sob a administração britânica, quando desempenhava as funções de guarda-florestal substituto.
A decisão de publicar o presente livro deve-se à iniciativa do filho do Autor, Patrick Hemingway, que recuperou o manuscrito original, sujeitando-o, contudo, a uma série de cortes que o reduziram a cerca de metade, em relação ao volume original. Este estaria, na opinião de Patrick, como que no estado de um diamante em bruto, antes de sofrer o processo de lapidação/depuração a que o seu pai normalmente submetia os seus textos antes de os publicar. E ao qual o filho tentou, através de um método semelhante, dar a forma definitiva.
Como resultado da sua reformulação, Patrick Hemingway acaba por atribuir um papel de maior destaque a Debba, papel esse que estava diluído no volume original. Debba era como que a “esposa secundária” africana do escritor e, por isso, o reverso da imagem de Mary que, segundo a cultura africana, deteria o posto de “esposa principal”.
O inconformismo de Mary face à situação de ter de partilhar o marido com outra esposa, à qual apelida de “namoradinha” quando fala dela ao marido é, por ela, cuidadosamente dissimulado. Por ela e pelos cortes de Patrick no texto. Ou, ainda, ingenuamente ignorados pelo Autor. O que é um facto é que a progressiva dependência de Mary face ao gin que culminou com a sua autodestruição, aparece bastante atenuada.
José Lima, o responsável pela tradução, não deixa de frisar, na nota final, a arbitrariedade de Patrick Hemingway em relação aos cortes efectuados, devido à ausência de explicações acerca de “onde, como e porquê de tais intervenções” levando os leitores a questionar-se se o texto actual será ou não fiel à intenção inicial do Autor da obra.
Desta forma, Verdade ao Amanhecer não tem o acabamento, a forma definitiva, cuidadosa e minuciosamente revista do romance Adeus às Armas, trinta e nove vezes reescrito. O vocabulário e a adjectivação são parcos, como é típico de Hemingway, em cuja escrita tudo é wonderful.
Entre os vários aspectos salientados por Ernest Hemingway na presente obra, destaca-se a dificuldade em gerir os conflitos entre as diferentes facções ou etnias africanas, incluindo os povos Bantu, Massaï, a tribo de guerreiros Wakamba, os trabalhadores agrícolas rebeldes, oriundos da tribo Kikuyu. Principalmente estes últimos, cujos ataques visavam, sobretudo, os proprietários rurais de origem europeia, no Quénia a norte do Equador, no início dos anos cinquenta.
A função desempenhada por Hemingway ao serviço do Governo Britânico visava, para além do que já foi referido, zelar pela protecção do ambiente, nomeadamente o controle da caça furtiva e das populações animais que matavam o gado ou destruíam as colheitas.
O paternalismo entre brancos e negros está presente em toda a obra. Os indígenas negros são tratados como crianças pelos colonizadores, inclusive pelo próprio Hemingway. Sobretudo quando este utiliza o seu talento como efabulador para melhor impressionar os africanos, facto que também é responsável por alguns dos episódios mais cómicos da narrativa.
É também notório que os negros que falam inglês estão mais integrados na cultura europeia e são mais respeitados pelos colonos em relação àqueles que falam apenas as línguas africanas.
No entanto, a descrição de Hemingway envolvendo os costumes, os valores, tradições e personalidade das tribos africanas é bastante objectiva. Não só pela já citada parca adjectivação, mas também pela ausência explícita de juízos de valor e pela exactidão e profusão de detalhes com que o Autor descreve os episódios nos quais os membros destas tribos intervêm ou são mencionados. O mesmo se passa em relação aos padrões de conduta, observados entre as tribos, e aos contactos sociais que se verificam entre ambas as culturas – africana e europeia, sendo exemplo disso, as próprias efabulações do autor em relação, por exemplo, ao número de esposas que diz possuir ou envolvendo o preço que atingiria o valor da sua esposa, Mary, depois de matar o leão que assaltava os rebanhos dos Massaï.
Personagens
Verdade ao Amanhecer reveste-se de um conjunto de personagens pitorescas, das quais se destacam:
- O Informador, uma espécie de batedor ou espião que trabalha para Ernest Hemingway e que, devido à delicada posição que ocupa, desperta a antipatia geral e suspeitas de duplicidade.
- A Sra. Singh, a bela e sedutora esposa do lojista de origem indiana, que desperta paixões platónicas e as fantasias eróticas dos homens em geral (negros e brancos).
- Debba, a jovem Massaï namorada do escritor, é considerada como a sua segunda esposa pelos locais. A sua ausência de malícia conjugada com uma sensualidade sem tabus que não chega a ser desprovida de inocência, cativam Hemingway. Torna-se comovente o seu respeito, veneração e algum receio face à sua rival, a loira esposa inglesa do escritor que carrega normalmente uma espingarda consigo e que tem um fascínio especial pela cinegética...
- Mary, a protagonista feminina, a quarta esposa de Ernie, é a personagem mais complexa e omnipresente do romance. Ex-jornalista, de personalidade vincada, com pendor marcadamente feminista, Mary é, no entanto, vaidosa, egocêntrica e caprichosa. Característica notória no episódio em teima em matar o leão que aterroriza os Massaï, para conquistar o prestígio e admiração das tribos locais cujo objectivo, depreende-se, seria o de colocar-se num plano ainda mais elevado em relação a Debba. A sua irresponsabilidade atinge laivos de imbecilidade quando insiste em assumir a liderança de uma operação para a qual não está tecnicamente preparada (Mary não possui a arma adequada para matar um felino de grande porte, nem saberia utilizá-la e, também, não possui altura suficiente para conseguir avistar a posição da fera no meio das ervas altas). Mary faz “birra” com o marido quando se apercebe que foi este quem, na realidade disparou o tiro fatal, apesar de Hemingway, deixar generosamente atribuir os louros à loira e idolatrada esposa.
Destaca-se a relação de lealdade e cumplicidade estabelecida entre Hemingway e os colaboradores africanos, diferente da camaradagem de copos existente com os seus camaradas britânicos.
O escritor exerce o poder que lhe é atribuído pela sua função através da mestria com a qual utiliza o poder da Palavra, não só por escrito mas também verbalmente.
Através da sua escrita simultaneamente objectiva e detalhista, Hemingway traça-nos um retrato do Quénia, nos anos cinquenta do sec XX, onde sobressai a beleza de um continente cuja natureza esmaga, submete e deslumbra qualquer homem, não importando a sua nacionalidade, credo ou religião. A precisão com que descreve o ataque de um leão, a perfeita sucessão cronológica de movimentos que demoram milésimos de segundo, a magia dos sons da noite africana, no sopé da Grande Montanha – onde o perigo pode esconder-se atrás de um arbusto, entre as ervas altas ou no cimo de uma árvore; e onde o conforto sobre limitações inconcebíveis para o animal educado na selva de betão –, alia-se o prazer de saborear uma liberdade absoluta, de desfrutar de uma total flexibilidade no que toca ao horário de trabalho e, principalmente, de usufruir de tempo para se dedicar àquilo que mais ama – a leitura e a escrita.
Tudo isto tinge a pena do escritor com a tinta do deslumbramento, a ilustrar uma das épocas mais ditosas da sua vida: a estadia num quase que Jardim do Éden com uma Eva loira.
E é por tudo isto que Verdade ao Amanhecer não se limita a ser apenas mais um romance sobre África.
É, antes de tudo, a alma do próprio Hemingway.
Cláudia de Sousa Dias
Ernest Hemingway in Verdade ao Amanhecer
Verdade ao Amanhecer, o romance póstumo de Ernest Hemingway, é, na verdade, um relato que narra o período durante o qual o escritor viveu com a sua quarta esposa – Mary – no Quénia, ainda sob a administração britânica, quando desempenhava as funções de guarda-florestal substituto.
A decisão de publicar o presente livro deve-se à iniciativa do filho do Autor, Patrick Hemingway, que recuperou o manuscrito original, sujeitando-o, contudo, a uma série de cortes que o reduziram a cerca de metade, em relação ao volume original. Este estaria, na opinião de Patrick, como que no estado de um diamante em bruto, antes de sofrer o processo de lapidação/depuração a que o seu pai normalmente submetia os seus textos antes de os publicar. E ao qual o filho tentou, através de um método semelhante, dar a forma definitiva.
Como resultado da sua reformulação, Patrick Hemingway acaba por atribuir um papel de maior destaque a Debba, papel esse que estava diluído no volume original. Debba era como que a “esposa secundária” africana do escritor e, por isso, o reverso da imagem de Mary que, segundo a cultura africana, deteria o posto de “esposa principal”.
O inconformismo de Mary face à situação de ter de partilhar o marido com outra esposa, à qual apelida de “namoradinha” quando fala dela ao marido é, por ela, cuidadosamente dissimulado. Por ela e pelos cortes de Patrick no texto. Ou, ainda, ingenuamente ignorados pelo Autor. O que é um facto é que a progressiva dependência de Mary face ao gin que culminou com a sua autodestruição, aparece bastante atenuada.
José Lima, o responsável pela tradução, não deixa de frisar, na nota final, a arbitrariedade de Patrick Hemingway em relação aos cortes efectuados, devido à ausência de explicações acerca de “onde, como e porquê de tais intervenções” levando os leitores a questionar-se se o texto actual será ou não fiel à intenção inicial do Autor da obra.
Desta forma, Verdade ao Amanhecer não tem o acabamento, a forma definitiva, cuidadosa e minuciosamente revista do romance Adeus às Armas, trinta e nove vezes reescrito. O vocabulário e a adjectivação são parcos, como é típico de Hemingway, em cuja escrita tudo é wonderful.
Entre os vários aspectos salientados por Ernest Hemingway na presente obra, destaca-se a dificuldade em gerir os conflitos entre as diferentes facções ou etnias africanas, incluindo os povos Bantu, Massaï, a tribo de guerreiros Wakamba, os trabalhadores agrícolas rebeldes, oriundos da tribo Kikuyu. Principalmente estes últimos, cujos ataques visavam, sobretudo, os proprietários rurais de origem europeia, no Quénia a norte do Equador, no início dos anos cinquenta.
A função desempenhada por Hemingway ao serviço do Governo Britânico visava, para além do que já foi referido, zelar pela protecção do ambiente, nomeadamente o controle da caça furtiva e das populações animais que matavam o gado ou destruíam as colheitas.
O paternalismo entre brancos e negros está presente em toda a obra. Os indígenas negros são tratados como crianças pelos colonizadores, inclusive pelo próprio Hemingway. Sobretudo quando este utiliza o seu talento como efabulador para melhor impressionar os africanos, facto que também é responsável por alguns dos episódios mais cómicos da narrativa.
É também notório que os negros que falam inglês estão mais integrados na cultura europeia e são mais respeitados pelos colonos em relação àqueles que falam apenas as línguas africanas.
No entanto, a descrição de Hemingway envolvendo os costumes, os valores, tradições e personalidade das tribos africanas é bastante objectiva. Não só pela já citada parca adjectivação, mas também pela ausência explícita de juízos de valor e pela exactidão e profusão de detalhes com que o Autor descreve os episódios nos quais os membros destas tribos intervêm ou são mencionados. O mesmo se passa em relação aos padrões de conduta, observados entre as tribos, e aos contactos sociais que se verificam entre ambas as culturas – africana e europeia, sendo exemplo disso, as próprias efabulações do autor em relação, por exemplo, ao número de esposas que diz possuir ou envolvendo o preço que atingiria o valor da sua esposa, Mary, depois de matar o leão que assaltava os rebanhos dos Massaï.
Personagens
Verdade ao Amanhecer reveste-se de um conjunto de personagens pitorescas, das quais se destacam:
- O Informador, uma espécie de batedor ou espião que trabalha para Ernest Hemingway e que, devido à delicada posição que ocupa, desperta a antipatia geral e suspeitas de duplicidade.
- A Sra. Singh, a bela e sedutora esposa do lojista de origem indiana, que desperta paixões platónicas e as fantasias eróticas dos homens em geral (negros e brancos).
- Debba, a jovem Massaï namorada do escritor, é considerada como a sua segunda esposa pelos locais. A sua ausência de malícia conjugada com uma sensualidade sem tabus que não chega a ser desprovida de inocência, cativam Hemingway. Torna-se comovente o seu respeito, veneração e algum receio face à sua rival, a loira esposa inglesa do escritor que carrega normalmente uma espingarda consigo e que tem um fascínio especial pela cinegética...
- Mary, a protagonista feminina, a quarta esposa de Ernie, é a personagem mais complexa e omnipresente do romance. Ex-jornalista, de personalidade vincada, com pendor marcadamente feminista, Mary é, no entanto, vaidosa, egocêntrica e caprichosa. Característica notória no episódio em teima em matar o leão que aterroriza os Massaï, para conquistar o prestígio e admiração das tribos locais cujo objectivo, depreende-se, seria o de colocar-se num plano ainda mais elevado em relação a Debba. A sua irresponsabilidade atinge laivos de imbecilidade quando insiste em assumir a liderança de uma operação para a qual não está tecnicamente preparada (Mary não possui a arma adequada para matar um felino de grande porte, nem saberia utilizá-la e, também, não possui altura suficiente para conseguir avistar a posição da fera no meio das ervas altas). Mary faz “birra” com o marido quando se apercebe que foi este quem, na realidade disparou o tiro fatal, apesar de Hemingway, deixar generosamente atribuir os louros à loira e idolatrada esposa.
Destaca-se a relação de lealdade e cumplicidade estabelecida entre Hemingway e os colaboradores africanos, diferente da camaradagem de copos existente com os seus camaradas britânicos.
O escritor exerce o poder que lhe é atribuído pela sua função através da mestria com a qual utiliza o poder da Palavra, não só por escrito mas também verbalmente.
Através da sua escrita simultaneamente objectiva e detalhista, Hemingway traça-nos um retrato do Quénia, nos anos cinquenta do sec XX, onde sobressai a beleza de um continente cuja natureza esmaga, submete e deslumbra qualquer homem, não importando a sua nacionalidade, credo ou religião. A precisão com que descreve o ataque de um leão, a perfeita sucessão cronológica de movimentos que demoram milésimos de segundo, a magia dos sons da noite africana, no sopé da Grande Montanha – onde o perigo pode esconder-se atrás de um arbusto, entre as ervas altas ou no cimo de uma árvore; e onde o conforto sobre limitações inconcebíveis para o animal educado na selva de betão –, alia-se o prazer de saborear uma liberdade absoluta, de desfrutar de uma total flexibilidade no que toca ao horário de trabalho e, principalmente, de usufruir de tempo para se dedicar àquilo que mais ama – a leitura e a escrita.
Tudo isto tinge a pena do escritor com a tinta do deslumbramento, a ilustrar uma das épocas mais ditosas da sua vida: a estadia num quase que Jardim do Éden com uma Eva loira.
E é por tudo isto que Verdade ao Amanhecer não se limita a ser apenas mais um romance sobre África.
É, antes de tudo, a alma do próprio Hemingway.
Cláudia de Sousa Dias
17 Comments:
Como o Quénia de Hemingway contrasta com a realidade do presente... Uma excelente escolha!
:-)
Um beijo para ti, toutinegra!
CSD
Um Hemingay afogado em Gin!
CSD
Já agora, sugiro um saltinho a http://www.guerra.com.pt/ Parece-me honesto e melhor que muito do que se consome por aí, especialmente sendo produção caseira, 100%.
A Toutinegra não esquece amigos, especialmente os que encontrou no Tibete, em Dezembro de 81.
Conheço esta obra. Não sei poderei concordar em absoluto com a "decantação" que o filho fez. Porque Hemingway era único. Foi uma surpresa boa ter descoberto este epaço.
Abraços
Eu também não concordo com nenhum tipo de censura em relação à obra de seja quem for.Estou de acordo com o tradutor em relação à arbitrariedade de patrick Hemingway.
CSD
Ari, posso dizer-te que os vou continuar a ler Hemingway e que esse será um dos títulos que acabará por figurar no meu blog!
Beijinho
CSD
Já estou a tratar do teu pedido, o livro O pendulo de focou eu tenho, foi-me oferecido por uma grande amiga e grande cantora deste país a Dulce Pontes, não o tenho em Hebraico, quandto ao resto vamos à minha caixinha de alquimias...adoro Hemingway...podes contactar comigo para; amoreira@eda.pt
doce beijo
Corrijo Pendulo de Foucault
Olá Cláudia.
Através do Alquimista, cheguei até si.
Temos um gosto muito particular; o amor pelos livros e pela leitura. A minha vida profissional é numa biblioteca municipal e é ali que me sinto em casa, entre tantos e tantos autores e suas obras.Ali sinto-me feliz.
Gostaria de a convidar a visitar a minha modesta "casa" que fica em
www.pauldospatudos.blogspot.com
Até lá fique bem
Bjo
Ana Paula
Uma visita que me fez pensar.
Realmente deveria haver um perfume chamado "Saudade", só assim a essência que me envolve seria devidamente caracterizada.
E amo e devoro livros.
Estupidamente (talvez devido também a outros factores,como tempo, idade finanças (já viu que cada vez mais estão caros os livros, que deviam ser um bem essêncial quanto mais não seja para a nossa sanidade mental ser equilibrada??) Hemingway seja um autor nunca antes escolhido...mas para isso também serve este blog,certo?
Obrigada pelo "abre olhos"...é sempre bom...
Beijos**
Sorri**
Li muitos livros dele, mas acho que esse não.
Mas, pela tua belíssima apresentação (devias receber das editoras pelo excelente trabalho profissional que habitualmente fazes), será um livro a não perder.
Um beijo.
Alquimista, não sei como te agradecer!
Já li "O Pêndulo" há alguns anos atrás, mas não com eta perspectiva. É uma obra muito anterior a "O Código DaVinci" e, na minha opinião, muito mais ousada.
Contudo, não é muito acessível...
Aquilo que mais me custa é decifrar aquelas poucas linhas em hebraico antes do primeiro capítulo, na primeira parte intitulada Keter, ou Coroa, (já decifrei a primeira palavra) que significa o ponto mais alto do universo de onde parte toda a criação...Eu penso que as linhas em hebraico foram introduzidas de propósito, para significar o inacessível ou incompreensívelYHWH.
Mas não é justo.
Quem souber hebraico vai saber decifrar um pouco mais.
Eu sou filha de Eva, aquela que não resiste a provar do fruto proibido da árvore do Conhecimento...
Bjo agradecido pela generosa disponibilidade.
Nina, é delicioso ter no meu blog a visita de pessoas como tu!
Bjo com amizade
Nilson, és um querido!
:-)
birgada pela tua visita no nosso blog
quabdo tiveres um tempinho le mais um pouco pois tambem debatemos temas interessantes que nos dizem muito respeito.
vamos tb visitar te amis vezes.
jocas
Foste buscar o homem que fez das suas na minha amada Cuba, ... minha terra! (mas que as fez bem) :D
Já li alguns livros de Hemingway, este por acaso ainda não!
O Crescente de Arthemis, parece-me um bom nome... forte e com muita muita garra!!
**)(** Abraço de Luar **)(**
Não gostei muito do Verdade ao amanhecer, confesso que tive dificuldade em acabá-lo ao contrário de outros do mesmo autor.
Precisamente porque é de cariz pessoal!
Depois porque está inacabado, não foi revisto pelo Autor e foram-lhe feitos uma série de "cortes" de que não temos qualquer possibilidade de saber qual foi o critério utilizado.
Por isso é que temos a sensação deque está algo "imperfeito". Não houve aquela depuração, aquele refinamento que mostra o perfeccionismo e virtuosismo do Autor.
bjo
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