“Alice no País das Maravilhas” de Lewis Carroll(Biblioteca Visão)
A origem de “Alice” teve início numa viagem de barco com o Autor e as jovens adolescentes Lorina; Alice e Edith, filhas de um deão da Christ Church, seu amigo.
O conteúdo da história é, sobretudo, onírico e recheado de pormenores surrealistas, onde o sonho da personagem principal está carregado de significado simbólico, expresso em linguagem codificada que a liga ao meio ambiente circundante e que está, simultaneamente, relacionado com as transformações psíquicas e fisiológicas pelas quais Alice está a passar.Alice é uma jovem que se encontra no estado de transição entre a infância e adolescência, uma menina de personalidade sonhadora, etérea, que vive num mundo próprio com uma ténue ligação à realidade, ao contrário do que acontece com as irmãs.
Para Alice no País das Maravilhas, Carroll ampliou uma história improvisada a que deu o formato de um livro. Dez anos depois, publica Alice do outro lado do Espelho. São obras que não têm um conteúdo moralista ou moralizante, ao contrário do que é habitual em histórias para crianças, na época (finais do século XIX).
Os surrealistas como Salvador Dalí, nas artes plásticas e André Breton, na escrita, viam-no como o precursor das suas inovações estéticas.
Carrol foi, também um hábil fotógrafo amador, fazendo incidir o seu trabalho em jovens raparigas, cuja amizade apreciava. Publicou, também, diários e cartas.
Em relação a Alice no País das Maravilhas, o poema introdutório refere-se à personalidade das três jovens que acompanham o Autor na viagem, durante a qual surgiu a inspiração para este conto. O Autor, celibatário e algo misógino, tende a desenvolver empatia apenas com mulheres extremamente jovens e, principalmente, com aquelas que são possuidoras de uma sensibilidade fora do comum. A proximidade e a empatia perdem-se, no entanto, no contacto com mulheres de personalidade mais forte e de elevado nível de autonomia ou tendência para exercer domínio em relação aos que as rodeiam.
As três irmãs comportam-se de forma radicalmente diferente no que respeita à forma de estar na vida.
“A Primeira ordena, implacável”. O verbo e, sobretudo, o adjectivo utilizados mostram o tipo de relação que o Autor estabeleceria com esta “Primeira”, cuja personalidade nada tem a ver com a protagonista do conto. Tratar-se-ia de uma relação de domínio onde se sentiria subjugado.
“A Segunda, mais doce, pede”. O adjectivo doce e o verbo pedir indicam submissão, cordialidade, desejo de agradar. Para esta Segunda, “Tem de haver muita fantasia”. Esta é, Alice, inequivocamente, a grande protagonista de Alice no País das Maravilhas.
“E a Terceira interrompe-me (…) Não mais de uma vez em cada minuto”
Esta terceira jovem revela alguma temperança e equilíbrio entre o seu lado sonhador e o lado realista, apreciando ambas as componentes na sua justa medida. Revela, ainda, alguma independência enfatizada pela utilização do itálico mais. Nota-se, nas entrelinhas, algum desagrado do Autor/narrador face a esta quase que impertinência da terceira jovem, pelo conotação do verbo interromper, o que demonstra ousadia e uma personalidade algo indomável, que tende a escapar ao seu controlo.
A juventude e vivacidade das Três, que se assemelham às três graças, cativam-no, mas é à fome imensa de fantasia e à fragilidade volátil da Segunda que vai buscar a inspiração e os ingredientes para construir a história de Alice no País das Maravilhas – “o mundo colorido e mágico da infância” – que ele compara à Terra Prometida.
A história inicia-se quando Alice adormece, entediada pela obrigação de ler ou estudar. Alice é uma pessoa nitidamente visual, isto é, cujo imaginário é mais facilmente estimulado por sensações visuais. Que é o que não falta no sonho de Alice. As imagens sucedem-se, sobrepõem-se, ramificam-se, criando uma profusão de cores, formas e situações que se entrelaçam num encadeamento semelhante ao das telas de Dali.
O País dos Sonhos, no qual Alice se movimenta, parece, à primeira vista, um amontoado de absurdos.
Mas se tivermos em conta que, na época em que Lewis Carroll escreveu esta história, aparentemente influenciado pelas teorias de Sigmund Freud acerca do inconsciente e do conteúdo latente e simbólico dos sonhos, as quais começavam a causar impacto no meio intelectual. Sob esta perspectiva, o significado atribuído ao conto, começa, subitamente, a fazer sentido.
As características da escrita de Carroll são: imaginação, humor e nonsense que se manifesta num gosto especial por trocadilhos e pequenas confusões causadas por palavras homófonas.
Por outro lado, o conteúdo da história trata, sobretudo, do problema da socialização e da interiorização das normas sociais e de aprender a lidar com o ego dos outros. Alice tem, em primeiro lugar, de aprender a controlar os seus impulsos. Caso contrário, sofre as consequências, como acontece na cena em que bebe todo o conteúdo da pequena garrafa, em cima da mesa de vidro, que se encontra diante da pequena porta do País das Maravilhas, apenas por conter o sabor de tudo aquilo de que ela gosta.
As consequências são as alterações de tamanho, o que significa um comportamento desadequado.
Até à altura em que Alice percebe, com a ajuda da Lagarta, a justa medida das coisas assim como o senso de harmonia e equilíbrio, quando tem de comer o cogumelo sem deixar nenhum dos lados desfasado.
A lagarta é, na realidade, um professor de ética e de etiqueta, que a ajuda a passar para o patamar seguinte. Da mesma forma, Alice tem de aprender a ser diplomática e a evitar gaffes sempre que não se encontra no mundo protegido da sua casa. Por exemplo: quando comenta com o Rato que acabou de conhecer o quanto gosta da sua gata Dina, porque tem muito jeito para caçar ratos!
As alterações constantes de tamanho têm, também, a ver com as alterações físicas desencadeadas pelo facto de Alice estar em processo de transformação: a passagem para a adolescência.
Mas para lidar com esta situação Alice conta, também com a ajuda da Lagarta.
Os ensinamentos desta personagem ser-lhe-ão muito úteis, numa fase posterior, quando Alice tem de lidar com personalidades tirânicas como a Duquesa ou a Rainha de Copas.
O gato sorridente, que aparece na história, simboliza, na realidade, as pessoas que são subservientes e aduladoras e que, na língua inglesa, são rotuladas com a expressão idiomática “Cheshire Cats”, que, muitas vezes, significa a hipocrisia.
Ao facto de um leitão ocupar o lugar de um bebé, tem a ver com a forma como Alice encara as crianças pequenas – seres incómodos e birrentos que desestabilizam a rotina de uma casa.
O teste supremo da socialização de Alice tem lugar no momento do chá com o Chapeleiro Louco – The Hatter, expressão idiomática que significa O Louco – e a Lebre de Março – outra expressão idiomática que significa a fêmea com o cio. Aqui observamos o contraste do low profile de Alice com as atitudes tresloucadas dos seus companheiros – Alice começa a amadurecer.
A protagonista tem, ainda, de contornar as atitudes inconvenientes da Duquesa, cuja excessiva proximidade lhe causa algum desconforto, e o despotismo da Rainha.
O comportamento da Duquesa indicia uma espécie de abuso de que Alice, com a sua inocência, se apercebe, mas que não consegue identificar. O simbolismo da pimenta é mais uma pista a apontar para esta teoria: a Pimenta está claramente conotada com a corrupção. E tudo à volta da duquesa está impregnado de pimenta.
Por outro lado, em relação à Rainha, Alice não pode contar com a simpatia ou a benevolência do Rei, completamente subjugado pela mulher. No retrato que este tece da Rainha, sua esposa, nota-se o medo excessivo do Autor face às mulheres dominadoras ou detentoras de poder, um receio que raia o pânico psicótico face à tirania feminina. Daqui nasce o fascínio por mulheres imaturas.
O Grifo é, aparentemente, um aliado de Alice. Esta figura representa um animal mitológico que leva a jovem para longe da Rainha. Mas que também significa, para ela, a repressão pelos adultos. É também o mestre do nonsense. Dominador, desvaloriza o saber e privilegia a brincadeira, tentando manter Alice no limbo entre a infância e a passagem definitiva para a adolescência. O Grifo identifica-se um pouco com o próprio Carroll.
Mas, quando Alice começa a libertar-se e a afirmar-se como uma pessoa independente - no julgamento, onde todos a tentam descaradamente manipular – esta acorda, regressando à realidade. À companhia das irmãs.
Pouco depois, também a irmã adormece. Mas o seu sonho é radicalmente diferente do de Alice, é mais ligado ao mundo real, longe de ser tão carregado de simbolismo e fantasia. Porque o imaginário desta irmã de Alice está muito mais direccionado para o mundo pragmático dos adultos, enquanto que o de Alice está em pleno processo de transformação.
A frase do texto que decifra a personalidade de Alice é dada pelo pensamento da irmã que ao imaginá-la adulta, vê-a a conservar, durante a vida inteira, a ingenuidade da infância.
Uma Perséfone a apanhar flores antes de ser raptada por Hades o Rei dos Infernos...
Cláudia de Sousa Dias
O conteúdo da história é, sobretudo, onírico e recheado de pormenores surrealistas, onde o sonho da personagem principal está carregado de significado simbólico, expresso em linguagem codificada que a liga ao meio ambiente circundante e que está, simultaneamente, relacionado com as transformações psíquicas e fisiológicas pelas quais Alice está a passar.Alice é uma jovem que se encontra no estado de transição entre a infância e adolescência, uma menina de personalidade sonhadora, etérea, que vive num mundo próprio com uma ténue ligação à realidade, ao contrário do que acontece com as irmãs.
Para Alice no País das Maravilhas, Carroll ampliou uma história improvisada a que deu o formato de um livro. Dez anos depois, publica Alice do outro lado do Espelho. São obras que não têm um conteúdo moralista ou moralizante, ao contrário do que é habitual em histórias para crianças, na época (finais do século XIX).
Os surrealistas como Salvador Dalí, nas artes plásticas e André Breton, na escrita, viam-no como o precursor das suas inovações estéticas.
Carrol foi, também um hábil fotógrafo amador, fazendo incidir o seu trabalho em jovens raparigas, cuja amizade apreciava. Publicou, também, diários e cartas.
Em relação a Alice no País das Maravilhas, o poema introdutório refere-se à personalidade das três jovens que acompanham o Autor na viagem, durante a qual surgiu a inspiração para este conto. O Autor, celibatário e algo misógino, tende a desenvolver empatia apenas com mulheres extremamente jovens e, principalmente, com aquelas que são possuidoras de uma sensibilidade fora do comum. A proximidade e a empatia perdem-se, no entanto, no contacto com mulheres de personalidade mais forte e de elevado nível de autonomia ou tendência para exercer domínio em relação aos que as rodeiam.
As três irmãs comportam-se de forma radicalmente diferente no que respeita à forma de estar na vida.
“A Primeira ordena, implacável”. O verbo e, sobretudo, o adjectivo utilizados mostram o tipo de relação que o Autor estabeleceria com esta “Primeira”, cuja personalidade nada tem a ver com a protagonista do conto. Tratar-se-ia de uma relação de domínio onde se sentiria subjugado.
“A Segunda, mais doce, pede”. O adjectivo doce e o verbo pedir indicam submissão, cordialidade, desejo de agradar. Para esta Segunda, “Tem de haver muita fantasia”. Esta é, Alice, inequivocamente, a grande protagonista de Alice no País das Maravilhas.
“E a Terceira interrompe-me (…) Não mais de uma vez em cada minuto”
Esta terceira jovem revela alguma temperança e equilíbrio entre o seu lado sonhador e o lado realista, apreciando ambas as componentes na sua justa medida. Revela, ainda, alguma independência enfatizada pela utilização do itálico mais. Nota-se, nas entrelinhas, algum desagrado do Autor/narrador face a esta quase que impertinência da terceira jovem, pelo conotação do verbo interromper, o que demonstra ousadia e uma personalidade algo indomável, que tende a escapar ao seu controlo.
A juventude e vivacidade das Três, que se assemelham às três graças, cativam-no, mas é à fome imensa de fantasia e à fragilidade volátil da Segunda que vai buscar a inspiração e os ingredientes para construir a história de Alice no País das Maravilhas – “o mundo colorido e mágico da infância” – que ele compara à Terra Prometida.
A história inicia-se quando Alice adormece, entediada pela obrigação de ler ou estudar. Alice é uma pessoa nitidamente visual, isto é, cujo imaginário é mais facilmente estimulado por sensações visuais. Que é o que não falta no sonho de Alice. As imagens sucedem-se, sobrepõem-se, ramificam-se, criando uma profusão de cores, formas e situações que se entrelaçam num encadeamento semelhante ao das telas de Dali.
O País dos Sonhos, no qual Alice se movimenta, parece, à primeira vista, um amontoado de absurdos.
Mas se tivermos em conta que, na época em que Lewis Carroll escreveu esta história, aparentemente influenciado pelas teorias de Sigmund Freud acerca do inconsciente e do conteúdo latente e simbólico dos sonhos, as quais começavam a causar impacto no meio intelectual. Sob esta perspectiva, o significado atribuído ao conto, começa, subitamente, a fazer sentido.
As características da escrita de Carroll são: imaginação, humor e nonsense que se manifesta num gosto especial por trocadilhos e pequenas confusões causadas por palavras homófonas.
Por outro lado, o conteúdo da história trata, sobretudo, do problema da socialização e da interiorização das normas sociais e de aprender a lidar com o ego dos outros. Alice tem, em primeiro lugar, de aprender a controlar os seus impulsos. Caso contrário, sofre as consequências, como acontece na cena em que bebe todo o conteúdo da pequena garrafa, em cima da mesa de vidro, que se encontra diante da pequena porta do País das Maravilhas, apenas por conter o sabor de tudo aquilo de que ela gosta.
As consequências são as alterações de tamanho, o que significa um comportamento desadequado.
Até à altura em que Alice percebe, com a ajuda da Lagarta, a justa medida das coisas assim como o senso de harmonia e equilíbrio, quando tem de comer o cogumelo sem deixar nenhum dos lados desfasado.
A lagarta é, na realidade, um professor de ética e de etiqueta, que a ajuda a passar para o patamar seguinte. Da mesma forma, Alice tem de aprender a ser diplomática e a evitar gaffes sempre que não se encontra no mundo protegido da sua casa. Por exemplo: quando comenta com o Rato que acabou de conhecer o quanto gosta da sua gata Dina, porque tem muito jeito para caçar ratos!
As alterações constantes de tamanho têm, também, a ver com as alterações físicas desencadeadas pelo facto de Alice estar em processo de transformação: a passagem para a adolescência.
Mas para lidar com esta situação Alice conta, também com a ajuda da Lagarta.
Os ensinamentos desta personagem ser-lhe-ão muito úteis, numa fase posterior, quando Alice tem de lidar com personalidades tirânicas como a Duquesa ou a Rainha de Copas.
O gato sorridente, que aparece na história, simboliza, na realidade, as pessoas que são subservientes e aduladoras e que, na língua inglesa, são rotuladas com a expressão idiomática “Cheshire Cats”, que, muitas vezes, significa a hipocrisia.
Ao facto de um leitão ocupar o lugar de um bebé, tem a ver com a forma como Alice encara as crianças pequenas – seres incómodos e birrentos que desestabilizam a rotina de uma casa.
O teste supremo da socialização de Alice tem lugar no momento do chá com o Chapeleiro Louco – The Hatter, expressão idiomática que significa O Louco – e a Lebre de Março – outra expressão idiomática que significa a fêmea com o cio. Aqui observamos o contraste do low profile de Alice com as atitudes tresloucadas dos seus companheiros – Alice começa a amadurecer.
A protagonista tem, ainda, de contornar as atitudes inconvenientes da Duquesa, cuja excessiva proximidade lhe causa algum desconforto, e o despotismo da Rainha.
O comportamento da Duquesa indicia uma espécie de abuso de que Alice, com a sua inocência, se apercebe, mas que não consegue identificar. O simbolismo da pimenta é mais uma pista a apontar para esta teoria: a Pimenta está claramente conotada com a corrupção. E tudo à volta da duquesa está impregnado de pimenta.
Por outro lado, em relação à Rainha, Alice não pode contar com a simpatia ou a benevolência do Rei, completamente subjugado pela mulher. No retrato que este tece da Rainha, sua esposa, nota-se o medo excessivo do Autor face às mulheres dominadoras ou detentoras de poder, um receio que raia o pânico psicótico face à tirania feminina. Daqui nasce o fascínio por mulheres imaturas.
O Grifo é, aparentemente, um aliado de Alice. Esta figura representa um animal mitológico que leva a jovem para longe da Rainha. Mas que também significa, para ela, a repressão pelos adultos. É também o mestre do nonsense. Dominador, desvaloriza o saber e privilegia a brincadeira, tentando manter Alice no limbo entre a infância e a passagem definitiva para a adolescência. O Grifo identifica-se um pouco com o próprio Carroll.
Mas, quando Alice começa a libertar-se e a afirmar-se como uma pessoa independente - no julgamento, onde todos a tentam descaradamente manipular – esta acorda, regressando à realidade. À companhia das irmãs.
Pouco depois, também a irmã adormece. Mas o seu sonho é radicalmente diferente do de Alice, é mais ligado ao mundo real, longe de ser tão carregado de simbolismo e fantasia. Porque o imaginário desta irmã de Alice está muito mais direccionado para o mundo pragmático dos adultos, enquanto que o de Alice está em pleno processo de transformação.
A frase do texto que decifra a personalidade de Alice é dada pelo pensamento da irmã que ao imaginá-la adulta, vê-a a conservar, durante a vida inteira, a ingenuidade da infância.
Uma Perséfone a apanhar flores antes de ser raptada por Hades o Rei dos Infernos...
Cláudia de Sousa Dias
18 Comments:
O Coelho,pois!
Beijinho e obrigada,mais uma vez pela visita!
CSD
Gostei muito do blog!
Continue!
http://umaleitura.blogspot.com/2007/01/h-sempre-um-livro-nossa-espera.html
Claudia, excelente seu blog. Sou dono de uma livraria (alfarrabio como se diz em Portugal) e se vc quiser me visitar, fique à vontade. www.livrariaphylos.com.br
Gostaria de sugerir "Shikasta" de Doris Lessing, um grande livro e esquecido.
Claudia, esta no post: www.livrariaphylos.com.br
Ok, Phylos! Obrigada!
Tudo de bom!
CSD
Um dia destes convido-te para fazeres crítica literária no meu jornal. Aceitarias?
Beijo
Quem sabe, Unicus?
E porque não?
Gostei muito do teu último post!
Só não consegui foi dexar comentário!
CSD
Nunca tinha visto o livro nesta perpectiva! Obrigado por "dar novos mundos ao mundo"!
E que deslumbrante é releres-nos coisas que ainda estão na nossa memória...
Doce beijo
Completíssima a tua análise.
Não conheço o livro, mas deixaste-me com água na boca, nomeadamente quando referes que "As características da escrita de Carrol são: imaginação, humor e nonsense que se manifesta num gosto especial por trocadilhos e pequenas confusões causadas por palavras homófonas."
Beijos.
Bonitos textos.
Feliz 2007.
Pedro Antunes
Ainda bem que gostas!
Obrigada pela tua visita!
CSD
Haverá Ordem no meio do Caos?
Do que vejo nesta opinião, aparentemente sim - de difícil apreensão, mas Ordem, ainda assim.
É inacreditável a quantidade de pequenos significados que consegues apanhar a partir do texto. É obra. Parabéns.
"Never imagine yourself not to be otherwise than what it might appear to others that what you were or might have been was not otherwise than what you had been would have appeared to them to be otherwise." :D
POis Ricardo!
Por vezes não basta sê-lo, é necessário também parecê-lo.
Infelizmente...
CSD
Eu li o livro há pouco tempo e, em termos de significados, fiquei completamente a ver navios - lá fui tirando algum prazer dos trocadilhos linguísticos e da aparente atmosfera de nonsense que atravessa a obra. Mas não mais que isso. É um livro de difícil acesso, ao combinar a vertente infantil com a vertente grotesca/bizarra, mormente considerando os moldes linguísticos em que o faz.
Anyway, gostei de ler o(s) teu(s) texto(s). Vais bem ao fundo das questões.
Cumprimentos,
Ricardo
Obrigada Ricardo!
Também gostei do teu blog onde tive a oportunidade de observar três estilos completamente diferentes de fazer crítica literária!
Volto lá daqui a pouquinho!
Um abraço
CSD
Olá Cláudia, gostei do seu texto, gostaria de deixar aqui as minhas impressões sobre a Alice: eu vi uma Alice criança na idade, mas muito precoce (em maturidade) nas suas atitudes, pois em alguns casos, ela questiona os personagens de seus sonhos, questionando indiretamente conceitos e comportamentos moralistas da sociedade. Também não podemos deixar de falar que Alice, em seu sonho, experimentou sensações visuais e auditivas muito diferentes da realidade, como se estivesse em uma viagem psicodélica!
Concordo com a sua visão Alice Luciana. Tem tudo a ver.
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