“A Rainha Sol” de Christian Jacq (Bertrand)
Chistian Jacq é um reputadíssimo egiptólogo e arqueólogo francês com uma vasta obra já publicada, tanto no campo da ficção histórica como no ensaio, relativa à temática da Civilização Egípcia.
A Rainha Sol é um dos seus primeiros romances históricos, publicado no final da década de oitenta do sec XX (1988). Nele assistimos ao ocaso do reinado de Nefertiti e Akhenaton. Este afunda-se, cada vez mais, no seu próprio misticismo solar, completamente só na perseguição da sua utopia: a fusão com a fonte primordial da criação – Áton, o deus-Sol – que deseja instituir como única divindade.
Nefertiti vive, por sua vez, encerrada nos seus aposentos, escondendo de todos o seu declínio físico. Ainda na total posse das suas faculdades mentais, a Grande Esposa Real, possui ainda o pensamento estratégico que durante muitos anos dotou de eficácia o par reinante, apesar da sua cada vez maior debilidade física.
A trama gira à volta de um conflito despoletado pelo misticismo revolucionário de Akhenaton que deseja substituir a religião politeísta, fortemente enraizada nas tradições do povo do Nilo, pelo culto de Áton.
As medidas impostas, algo arbitrária e violentamente, pelo Faraó não são do agrado do povo. Este não aceita romper de ânimo leve com as tradições e pensar que toda a vida passada acreditou numa mentira.
Por outro lado, os sacerdotes de Amon-Rá, cujo centro de poder se encontra em Tebas, vêem o seu poder drasticamente reduzido, depois de Akhenaton transferir a capital para Amarna, a Cidade do Sol – a cidade de Áton.
Está lançada a semente para uma guerra civil.
Entretanto, os soberanos partem para o reino de Osíris (que governa o mundo subterrâneo dos mortos, o equivalente ao Hades dos Gregos).
Contra todas as expectativas é a terceira filha do casal real, Akhesa, quem ascende ao trono. Akhesa será a deslumbrante esposa do faraó Tutankhamon (tal como se encontra representada nos frescos que ornamentavam o túmulo do referido faraó quando este foi descoberto nos anos 1920). Mulher de beleza extraordinária e inteligência apuradíssima, Akhesa é uma verdadeira filha de Nefertiti.
Mas as qualidades de Akhesa são, simultaneamente os seus pontos fracos…
…a beleza e a inteligência despertam o receio entre os sacerdotes de Amon-Rá – que receiam que as rédeas do poder lhes escapem definitivamente e que a rainha siga as pisadas do seu pai . Por outro lado, a jovem rainha tem de contar com a inveja de algumas nobres e o desejo e ambição de Horemheb, general e escriba – Comandante Supremo do Exército e Chefe da Administração do Estado – que tudo fará para manietar o jovem casal de adolescentes reinantes e, se possível, eliminar, Tutankhamon.
A forte personalidade de Akhesa, a Rainha-Sol, ajuda, contra todos os obstáculos, o frágil Tutankhamon a superar as suas dificuldades.
A Rainha Sol relata a vida de uma personagem desde as descobertas dos anos vinte, tem suscitado grande curiosidade nos amantes da civilização dos faraós.
O Autor cria, neste romance, uma teia de relações de poder e intriga passional que obriga as personagens principais a viverem no fio da navalha onde o mínimo deslize significa a morte.
É uma história contada num estilo simples, na qual o suspense é ditado pela sombra permanente da traição.
Um épico hollywoodesco com um ligeiro perfume a fatalidade.
Para dar a conhecer a mais dotada das filhas de uma rainha que permaneceu, na memória dos homens, tão eterna como as pirâmides.
A história de uma mulher tão solar como o próprio Egipto.
Cláudia de Sousa Dias
A Rainha Sol é um dos seus primeiros romances históricos, publicado no final da década de oitenta do sec XX (1988). Nele assistimos ao ocaso do reinado de Nefertiti e Akhenaton. Este afunda-se, cada vez mais, no seu próprio misticismo solar, completamente só na perseguição da sua utopia: a fusão com a fonte primordial da criação – Áton, o deus-Sol – que deseja instituir como única divindade.
Nefertiti vive, por sua vez, encerrada nos seus aposentos, escondendo de todos o seu declínio físico. Ainda na total posse das suas faculdades mentais, a Grande Esposa Real, possui ainda o pensamento estratégico que durante muitos anos dotou de eficácia o par reinante, apesar da sua cada vez maior debilidade física.
A trama gira à volta de um conflito despoletado pelo misticismo revolucionário de Akhenaton que deseja substituir a religião politeísta, fortemente enraizada nas tradições do povo do Nilo, pelo culto de Áton.
As medidas impostas, algo arbitrária e violentamente, pelo Faraó não são do agrado do povo. Este não aceita romper de ânimo leve com as tradições e pensar que toda a vida passada acreditou numa mentira.
Por outro lado, os sacerdotes de Amon-Rá, cujo centro de poder se encontra em Tebas, vêem o seu poder drasticamente reduzido, depois de Akhenaton transferir a capital para Amarna, a Cidade do Sol – a cidade de Áton.
Está lançada a semente para uma guerra civil.
Entretanto, os soberanos partem para o reino de Osíris (que governa o mundo subterrâneo dos mortos, o equivalente ao Hades dos Gregos).
Contra todas as expectativas é a terceira filha do casal real, Akhesa, quem ascende ao trono. Akhesa será a deslumbrante esposa do faraó Tutankhamon (tal como se encontra representada nos frescos que ornamentavam o túmulo do referido faraó quando este foi descoberto nos anos 1920). Mulher de beleza extraordinária e inteligência apuradíssima, Akhesa é uma verdadeira filha de Nefertiti.
Mas as qualidades de Akhesa são, simultaneamente os seus pontos fracos…
…a beleza e a inteligência despertam o receio entre os sacerdotes de Amon-Rá – que receiam que as rédeas do poder lhes escapem definitivamente e que a rainha siga as pisadas do seu pai . Por outro lado, a jovem rainha tem de contar com a inveja de algumas nobres e o desejo e ambição de Horemheb, general e escriba – Comandante Supremo do Exército e Chefe da Administração do Estado – que tudo fará para manietar o jovem casal de adolescentes reinantes e, se possível, eliminar, Tutankhamon.
A forte personalidade de Akhesa, a Rainha-Sol, ajuda, contra todos os obstáculos, o frágil Tutankhamon a superar as suas dificuldades.
A Rainha Sol relata a vida de uma personagem desde as descobertas dos anos vinte, tem suscitado grande curiosidade nos amantes da civilização dos faraós.
O Autor cria, neste romance, uma teia de relações de poder e intriga passional que obriga as personagens principais a viverem no fio da navalha onde o mínimo deslize significa a morte.
É uma história contada num estilo simples, na qual o suspense é ditado pela sombra permanente da traição.
Um épico hollywoodesco com um ligeiro perfume a fatalidade.
Para dar a conhecer a mais dotada das filhas de uma rainha que permaneceu, na memória dos homens, tão eterna como as pirâmides.
A história de uma mulher tão solar como o próprio Egipto.
Cláudia de Sousa Dias
6 Comments:
Gostei do que escreveste sobre este livro que já li.
E vou deixar-te uma sugestão de livro, caso ainda não tenhas lido: História Interminável. Conheces?
Rita
Já ouvi falar (muito bem).
Boa sugestão!
Quesm sabe já nestas férias...
CSD
Já li o livro a uns bons meses atrás.
Simplesmente espetacular, a história... a maneira como está narrado, adorei !
E eu que nem sequer gosto de romances....
se começares a gostar deste género já não é mau...
csd
Tive o prazer de ler este livro há já alguns anos. Adorei! Desde então recomendo-o vivamente aos meus alunos, mas sobretudo às raparigas, pois fascinou-me o caráter da "Rainha Sol". Penso que nos ensina a ser mais mulher!
Ana Alexandra Pereira
Adorei este livro! Li-o há já 6 anos e desde então não me canso de incentivar os meus alunos a lerem-no, sobretudo as raparigas, pois a Rainha Sol ensina-nos a ser mais mulher! Só lamento o facto de a minha edição ter uma falha grave: várias páginas estavam em branco, o que me irritou bastante! Adquiri outro na Fnac por 10€. Boas leituras!
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