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Friday, September 30, 2011

A Pele” de Curzio Malaparte (Livros do Brasil)



Tradução: Alexandre O’Neill

Malaparte nasceu em Prato, Toscânia, com o nome de Kurt Erich Sükert, sendo Curzio a corruptela do nome original em alemão para a língua italiana e Malaparte, um jogo de irónico reportando-se ao destino de Napoleão Bonaparte, ao decidir adoptar um nome de guerra como sátira ao homem que foi uma espécie de inspiração para os condottieri europeus do século XX.

Filho de pai alemão e mãe lombarda, Malaparte estreia-se em 1918 como jornalista, após ter integrado o Regimento Alpino, durante a primeira Guerra Mundial. Em 1922, participou na Marcha de Roma, integrado nas tropas de Mussolini. Foi, durante um curto período de tempo, na década de 1920, membro do Partido Nacional Fascista e colaborou em vários jornais, publicando ensaios e artigos, paralelamente à carreira de escritor. Começa, no entanto, a distanciar-se do partido ao criticar a corrupção nas altas esferas de poder político e e económico e a olhar as classes mais favorecidas como as verdadeiras causadoras da caótica situação económica do país, conforme deixa entrever no romance-ensaio “Viva Caporetto” de 1921. O livro foi, claro está, censurado e classificado como ofensivo para o Exército Real. Mais tarde, escreve a obra Tecnica del Colpo di stato (Técnica de golpe de estado), cujo discurso adquire uma tónica refinadamente viperina.

Tal não surpreende os leitores já que o próprio pseudónimo do Autor denuncia as convicções anti-imperialistas de Malaparte, as quais se confirmam quando, mais tarde, ataca Hitler e Mussolini, pondo a nu os seus duvidosos esquemas políticos de ascensão ao poder. Este facto originou a expulsão do Partido implicando, simultaneamente, o exílio na ilha de Lípari, onde decorreram os factos que estiveram na origem do episódio de “Febo, o cão-lua”, um dos mais belos trechos de “ Pele.

Malaparte foi ainda detido várias vezes, durante o regime de Mussolini, na infecta prisão de Regina Coeli: em 1938, 1939, 1944 e 1943. Foi, no entanto, durante esse período que construiu a fabulosa e estranha “Casa Malaparte”, em Capri – a qual serve de cenário ao filme A Pele mas também a Le mépris (O Desprezo) de Jean-Luc Goddard e baseada no romance homónimo de Alberto Moravia.

(confirmar)

Depois de sair da prisão, Malaparte muda de estilo e também de género literário, dedicando-se a escrever alguns livros de contos autobiográficos, onde é evidente a marca do realismo mágico, cujo ponto culminante é atingido na obra Donna comme me (mulher como eu), em 1940.

Malaparte exibe uma profundidade igualada apenas por muito poucos autores seus contemporâneos no que respeita à história da Europa e situação económica europeia da altura, assim como da personalidade dos principais líderes dos estados europeus, conhecimento que adquiriu aquando da sua integração no contingente diplomático italiano.

Em, 1941, foi enviado como correspondente de guerra para cobrir as movimentações na Frente de Leste, ao serviço do Corriere della Sera. Muitos desses artigos, escritos debaixo do cenário de guerra, a partir da Frente Ucraniana, foram suprimidos ou censurados mas recuperaram-se em 1943 sendo depois reunidos num volume intitulado O Volga nasce na Europa. Esta experiência serviu-lhe de base para escrever “Kaputt” em 1944 e “A pele”, em 1949. O primeiro é visto como um fresco representativo da sociedade europeia na primeira metade do século XX, cujo cenário é a guerra no Leste europeu no período que medeia os anos de 1943 a 1945. A história é contada segundo a óptica de quem vê os Americanos como adoptando atitudes de invasores tanto ou mais do que os próprios Alemães. Há mesmo quem afirme não haver em toda a literatura do post- guerra uma obra que expresse tão bem o contraste entre a pujante ingenuidade da América triunfante, face à experiência da destruição das estruturas institucionais, a par do colapso moral da Europa. Como resultado, o livro foi proibido e colocado no Index da Igreja católica. Acerca da obra, diz-se que a principal característica é o chocante contraste entre o humor grotesco e o elegante pessimismo das personagens.

O Autor esteve, tal como o protagonista de “A Pele”, ligado ao alto Comando Americano em itália, sob as funções de Liaison Officer. De 1944 a 1946. Em 1947, instala-se em Paris. Depois de algumas incursões na política de inspiração maoísta na China e alguns anos de complicações relacionadas com o seu estado de saúde, Malaparte escreve o seu último romance: “Maladetti Toscani”, no qual ataca a cultura burguesa. O escritor morrerá de cancro no pulmão em 1957.

O Período Áureo: “Kapput” e “A Pele”, semelhanças e diferenças

Em Kapput, Malaparte dedica-se a tecer, sobretudo, um retrato detalhado da elite fascista e nazi, incluindo os colaboradores com o regime, implementados na Finlândia e na Roménia.

A temática de A Pele apesar de ter bastante em comum com a obra anterior, sofre algumas variações. Em primeiro lugar, introduz uma nota de surrealismo na forma como são narrados os acontecimentos que englobam a dissolução e a destruição dos valores morais à época, tendo como cenário a cidade de Nápoles e o inquietante Vesúvio.

Como não poderia deixar de ser, o livro teve mais uma vez uma má recepção por parte do público mais cnservador, por ser não ser encarado, em muitos aspectos, como uma alegoria. Nesta polémica obra, Malaparte aponta o esvaziar de sentido com que lutam, quer os homens quer as nações, por algo tão abstracto como uma bandeira, ou qualquer outro símbolo de poder que represente uma dada facção ou grupo. Na óptica do Autor, o cidadão comum, obedece apenas a uma única bandeira: a própria pele. Esta é a obra que mostra a contradição entre o individualismo extremo a que chega o ser humano em circunstâncias limite, face ao colectivismo exigido pelos regimes totalitários pelos quais Malaparte circunavegou ao longo da vida.

Este dualidade estilística, para além da ideológica, também presente n”A Pele”, transcende a própria obra, projectando-se ao longo de toda a vida do Autor, inclusive, na soberba e extravagante moradia que serve de cenário ao filme de Liliana Cavani, baseado na obra de que aqui tratamos. Entre ambas as dimensões criativas - a Literatura e a Arquitectura - encontramos o binómio surrealismo-realismo, que é, como já foi dito, uma presença muito forte em “A Pele”.

A Casa Libera (nome do arquitecto que a projectou, segundo as orientações de Malaparte, homem ligado às altas esferas sociais do fascismo, cujo design inicial da casa era tão frio, racional e linear que, segundo se diz, pouco a diferenciava de um forte, um bunker ou uma prisão). Malaparte e Libera desentenderam-se ainda durante a construção do edifício, após o que o escritor dirigiu a elaboração da obra na sua fase final, seguindo uma orientação estética completamente oposta à do arquitecto. Dizem os especialistas que o local acidentado e a estranha e impossível esquadria do edifício é hoje olhada como uma espécie de panteísmo retro, enquadrado, talvez, no mundo antropomórfico do pré-cristianismo romano.

Várias vezes referido no romance de que aqui tratamos, o general alemão Erwin Rommel referiu-se à casa Malaparte, durante uma curta estadia naquela residência, a caminho do Norte de África: perguntava ele se o escritor teria construído, ele próprio, a casa onde vivia, já depois da ruptura com Libera. Ao que Malaparte respondera, com a picardia que o caracterizava, que a tinha comprado “tal como estava”, tendo-se apenas limitado a 2desenhar o cenário" (a casa situa-se em Capri, de frente para o Vesúvio). Tratava-se de um trocadilho, uma piada, tipicamente latina, já que os italianos têm o hábito de relativizar e ironizar com tudo. Mas Rommel leva a mal, até porque o surrealismo, contido nas entrelinhas é para a ideologia nazi, uma mentira e, também, a grande subversão do século, uma vez que coloca em evidência o indivíduo, a morte do classicismo e dos deuses, privilegiando o instinto e o oculto.

Malaparte é comparado com Goddard por alguns peritos em cinema e literatura está muito para além da pusilanimidade de alguns autores anglo-saxónicos, muito conceituados na época.

A Trama de A Pele

À medida que avançamos na leitura do romance, vamos tomando gradualmente consciência da humilhação da Europa que, durante aquela guerra e na óptica do Autor, se vê invadida por duas vezes: em primeiro lugar, pela Alemanha, obrigando-se a suportar o cinismo da elite nazi e a arrogância das suas tropas; e, depois, pelos EUA, pretensamente libertadores e igualmente arrogante pela boçalidade do seu cartesianismo. No meio deste fogo cruzado, está um povo, neste caso o de Nápoles, obrigado a abdicar da própria dignidade para sobreviver no quotidiano de uma economia destruída, num terreno onde nada resta: nem trabalho, nem dinheiro, nem bens susceptíveis de serem trocados pelo que quer que seja.

Excepto... a beleza dos corpos.

Aos napolitanos nada resta a não ser prostituírem mulheres e crianças para matar a fome e conservar a pele. Os invasores têm poder de compra. A única forma de lhes extorquir o dinheiro é através do comércio do sexo, chegando ao ponto de as mães alugarem os corpos dos filhos por um pacote de cigarros que, por sua vez, é trocado por dois pães grandes de centeio e, assim, alimentar a família durante mais um dia.

A prostituição infantil constitui um dos aspectos mais chocantes do livro. É destinada a um mercado muito específico: a divisão do Gomils, de Marrocos, que integram o Exercito Aliado.

Do lado americano, sobressai o desprezo pela Europa e pela sua incapacidade em fazer frente à invasão alemã. O episódio intitulado “ A Virgem de Nápoles” é disso exemplo ao enfatizar o desprezo pela corruptibilidade dos pais que prostituem as próprias filhas e que só é proporcional ao fascínio que a própria corrupção causa nos invasores que se reflecte no prazer de corromper com o dinheiro.

Perante a miséria e abjecção humana do cenário social circundante, deparamo-nos com a extrema beleza do cenário físico, uma beleza intemporal e absoluta, pagã e impudentemente indiferente ao destino dos humanos. Uma beleza que chega a ser, no entender do Autor, desumana.

O narrador é o próprio Malaparte, que é também o protagonista do romance. O tom aparentemente cínico do discurso é apenas superficial já que este não consegue evitar a solidariedade empática com o sofrimento de qualquer outro ser vivo, seja ele humano ou animal. É o caso de Febo, o cão-lua, ou os soldados que perecem no campo de batalha no Leste. O co-protagonista de Malaparte, o general Hamilton, tem alguma dificuldade em colocar-se na pele dos Europeus, isto é, em imaginar o seu país a ser invadido por uma potência estrangeira ou mesmo se, perdida uma guerra, as mulheres nos EUA também se prostituiriam.

O segundo episódio chocante da obra ocorre durante o jantar do General Cook, no qual o prato mais aguardado, numa altura em que a carestia de géneros é tal que têm de ir buscar o peixe ao Aquário Municipal para o jantar, seria uma “sereia” (hoje provavelmente seria identificado com um mamífero marinho do género do Boto Rosa). Trata-se no entanto de um ser cuja semelhança com uma criança humana é tão grande que ninguém se atreve a trinchá-lo.

O referido jantar desencadeia todo um conflito cultural, tendo por base aquilo que se come e originando um debate sobre os valores, a consciência humana e os limites do individualismo, onde os fins - a erradicação da fome - nem sempre podem justificar os meios - o canibalismo em qualquer uma das suas formas. Estarão os forasteiros capazes de dar tudo por tudo para conservar a pele, inclusive devorar o seu próprio sangue? A comida nos pratos denuncia uma dieta empobrecida por tempos particularmente difíceis – ninguém comeria um golfinho em circunstâncias normais e muito menos uma criança. Por outro lado – e esse é o lado irónico da questão - a frugalidade do repasto torna-se ainda mais evidente pelo contraste criado pelo serviço e a baixela onde é servido, o luxo dos móveis e das toillettes das mulheres presentes. Sinais dos tempos onde a riqueza material deixa de obter valor para a troca por bens essenciais.

Para Malaparte, enquanto narrador e protagonista, só é possível encontrar alguma cumplicidade com os estrangeiros, quando estes olham de frente o horror e demonstram, ainda, a capacidade de se indignar, ao solidarizar-se com o infortúnio da Europa.

A atitude de Mrs. Flat, durante o jantar, exprim uma indignação comovida que denuncia uma réstia de humanidade no seu carácter, assim como a compaixão de Jack Hamilton, o oficial e amigo de Malaparte. O comportamento cavalheiresco de Hamilton contrasta com o do Americano comum. Jack é um romântico cavalheiro da velha guarda e um erudito, deslumbrado pela Europa culta e progressista do início do século XX. Mas face à dura realidade exibida por Malaparte, o capitão Hamilton mostra-se profundamente chocado.

E, por aquela maneira de corar, eu gostava de Jack como de um irmão”.

Esta atitude justapõe-se à forma cínica em como é explorada pelos invasores a miséria napolitana, que é a miséria da Europa, destruída pela guerra.

Por outro lado, Malaparte não se coíbe de mostrar que a necessidade de os Napolitanos salvarem a própria pele leva a à criação de expedientes de extorsão face aos estrangeiros. As mulheres tornam-se aqui particularmente vulneráveis e mais expostas à corrupção. Já a homossexualidade surge na obra como uma espécie de subversão contestatária à moral burguesa do início do século, . No entanto, Malaparte não consegue evitar referir-se-lhe de forma algo pejorativa taxando os homossexuais de “invertidos”.

A obra contém, ainda, alguns momentos descritivos de extraordinária beleza literária que transcende a descrição real dos factos, entrando na dimensão surrealista. O aspecto mais evidente é a chegada do siroco, ou o “vento negro” das estepes. O vento que mexe com os nervos e antecede sempre acontecimentos nefastos; ou então o luar de Lípari, envolvente como um sortilégio, na noite em que desaparece Febo, o Cão-Lua, que recebe o cognome de Apolo.

O vento doentio, seja ele o Sirocco ou o “vento negro” da estepe russa e ucrabiana surge sempre como um indício que antecede o horror e se traduz em acontecimentos de especial requinte de crueldade perpetrada pelo Homem: o massacre na Ucrânia a que o autor chamou de “Os Cristos da guerra”. Também um vento com características semelhantes antecede o desaparecimento de Febo em Lípari, anunciando mais um acto de horror. Trata-se de um vento que parece contaminar o cenário da acção com “o cheiro da morte”. O mesmo vento nefasto anuncia também os confrontos que levam à morte do namorado de Clorinda.

Outra marca de surrealismo é a introdução do animismo, aplicado a um fenómeno natural. O Vesúvio, lendário vulcão destruidor das cidades romanas de Pompeia e Herculanum, no século I da nossa era, e cuja última erupção foi, precisamente, durante a segunda guerra mundial actua como uma intervenção providencial,isto é, como se a natureza interviesse como juiz dos homens.

O Vesúvio surge aqui como que a personificação do Juiz Vingador com o objectivo de dar à humanidade uma lição de humildade. Na verdade, o Vesúvio humilha, como um deus pagão, tanto ao vencedor como aos vencidos, colocando-os no mesmo plano de igualdade, ao mesmo tempo que sublinha a inutilidade de todas as guerras.

No último capítulo, intitulado sugestivamente de “O deus Morto”, com uma piscadela de olho de Malaparte a Nietzsche, o Vesúvio cala-se. Da mesma forma que os deuses que voltam as costas aos homens na sua ignorância e frivolidade. A miséria da orfandade dos humanos que persistem nas oferendas ao deus que então os ignora, exprime-se num patético ritual de peregrinação ao Vesúvio, ostentando o evidente sincretismo religioso da cultura local que resulta da fusão de um longínquo e residual misticismo pagão com o cumprimento das profecias apocalípticas da Biblia a que mistura o receio de uma vingança nemésica.

O romance termina com a debandada do Exército aliado de Nápoles, e a marcha em direcção a Roma. Assiste-se, ainda, a alguns confrontos entre facções opostas cujas consequências só enfatizam a inutilidade de se matar alguém por algo tão abstracto quanto uma ideologia. O episódio do tanque que esmaga o soldado e a rixa diante da Igreja, terminada com o desvario do pároco que, no auge do desespero decide, “varrer” o Mal, a guerra, e a obscenidade da cureldade humana, diante da fachada da “sua” igreja.

Para Malaparte a Europa exprimia, então, a contradição entre a beleza da arte, a civilização e o progresso e, por outro lado, a violência dos sentimentos destrutivos, com base num ódio bestial, a-racional e intestino.

A lucidez do narrador emerge sobretudo perante o sentimento desolador de perda, do desaparecimento de amigos próximos – como Jack hamilton, ou o oficial Campbell – que o levam a afirmar que Numa guerra, vencer é uma vergonha, salientando a cobardia dos “heróis do amanhã” – aqueles que assumem os louros, depois da gurra acabada, tendo-se mantido na sombra durante o período crítico . Estes, segundo Malaparte, tornar-se-ão os futuros tiranos da Europa: os falsos pregadores da Liberdade.

Não está escrito que aquela bandeira é a bandeira da nossa pátria, da nossa verdadeira pátria, uma bandeira de pele humana. A nossa verdadeira pátria é a nossa pele.

O deus morto Vesúvio – ou outra qualquer - deixará, de agora em diante, os homens entregues a si próprios. Desprotegidos. Sem vigilante e sem juiz. Agora e doravante a Europa contará apenas consigo para salvar a própria pele.


Um livro fundamental que hoje infelizmente não se encontra à venda em nenhuma livraria portuguesa, excepto em alguns, raros alfarrabistas.

Porque será?


Cláudia de Sousa Dias

27.07.2011

PS: Sobre a Casa Malaparte e a biografia do autor recomendamos a visita a: http://tapornumporco.blogspot.com/2007/06/curzio-malaparte-um-escritor-conhecido.html

15 Comments:

Blogger M. said...

Pois, porque será? Por ser incómodo, pelo prurido que causa? A ler, sem dúvida, num dia em que encontre tempo e o livro.
Beijinhos, excelente semana para ti!
Madalena

8:13 AM  
Blogger Claudia Sousa Dias said...

Primeira pessoa a comentar o último artigo de Setembro relativo ao último livro do cineliterário de 2010!


Pois é..gostava mesmo de o ver nas livrarias...e não apenas em alfarrabistas...

12:58 PM  
Blogger M. said...

Pena que também os alfarrabistas já escasseiem. Ora, o que importa são os últimos top 10, não é? ;)

1:08 PM  
Blogger Claudia Sousa Dias said...

pois escasseiam...e mesmo lá, fi difícil de encontrar este exemplar. "O Milagre segundo Salomé" de José Rodrigues Miguéis, nem nos alfarrabistas. Esse eu queria mesmo em segunda mão desde que não estivesse riscado a tinta, podendo perfeitamente estar sublinhado a lápis...


csd

10:34 PM  
Blogger Claudia Sousa Dias said...

Amanhã faz anos o Luís Sepúlveda...gostava de postar alguma coisa sobre ele, mas não sei se vou ter tempo de passar a computador... Senão for amanhã será no dia 5 de Outubro!

10:36 PM  
Blogger M. said...

Fui ver se o tinha, mas, não, o que tenho é "Gente de terceira classe".

10:59 PM  
Blogger Claudia Sousa Dias said...

Pois...é extremamente difícil encontrá-lo!


csd

8:45 PM  
Blogger P said...

Não conheço.
E continuo com o drama do costume: quando poderei ler tudo o que quero? É uma espécie de adolescência literária: tanto para ler, tão pouco tempo, tudo tão rápido!!
Parece-me bem interessante este livro!

3:19 PM  
Blogger Claudia Sousa Dias said...

é sim...só encontrei um exemplar velhíssimo num alfarrabista do Porto numa rua paralela aos Aliados, e mesmo assim com capa riscada a caneta!


csd

7:34 PM  
Blogger patricio branco said...

leio neste momento "A pele" que é um poderoso livro autobiográfico e tambem uma descrição de Nápoles liberto dos alemães pelos soldados aliados, em Novembro de 1943. Não é própriamente um romance, mas uma obra pessoal, confessional e testeminhal.
Um grande escritor, sem duvida, que nos faz sentir os horrores da guerra e da miséria material e mesmo moral de quem a sofreu

6:51 PM  
Blogger Claudia Sousa Dias said...

Mas mais do que isso: ao lê-lo, hoje em dia, ficamos com a sensação de que nada garante que o mesmo horror não se possa repetir novamente.

7:45 PM  
Blogger Paulo da Mata said...

Li há muitos anos. gostei imenso. tanto que resolvi compra-lo novamente. não sei se os leitores do seu blog terão facilidade em adquirir livros no Brasil, mas há um site www.estantevirtual.com.br que reúne os nossos sebos em um só lugar, propiciando uma escolha bem fácil. achei inúmeros exemplares do "A Pele" Fica, a título de colaboração, esse comentário. Mais no meu blog http://cadernetadearmazem.blogspot.com.br

10:27 PM  
Blogger Deborah Jäger said...

Citei vocÊ no meu blog. Linkei essa resenha.
projetosnopapel.wordpress.com

12:38 AM  
Blogger Claudia Sousa Dias said...

Obrigada, pela divulgação.


CSD

12:56 AM  
Blogger Fabio Mauro said...

O livro realmente é daqueles inesquecíveis pelo impacto de suas realidades que ainda mexem com todos nós

3:33 PM  

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