“O Principezinho” de Antoine Saint-Exupery (Caravela, Vega)
Há treze anos atrás, por altura do meu vigésimo primeiro aniversário, a minha melhor amiga ofereceu-me O Principezinho com a seguinte dedicatória:
“Tu tornas-te responsável por aquilo que cativas”. Do lado esquerdo, um sol de nariz batatudo espreitava por entre as nuvens…debaixo de um guarda-chuva (ou guarda-sol)!
Na altura, li, mas fiquei com a sensação que o mais importante me escapava, perdido, algures nas entrelinhas, como o sol da Natacha que me observava por entre as nuvens…
Hoje, é esta a minha interpretação da mais conhecida obra de Saint-Exupery:
Trata-se de um conto que, definitivamente não é (só) para crianças, apesar da naïfté das ilustrações (aliás lindíssimas) do Autor e da ingenuidade das perguntas do Pequeno Príncipe.
Nada é aquilo que parece.
Em primeiro lugar, o Aviador e o Principezinho são o desdobramento da personalidade do Autor.
É o diálogo de Saint-Exupery adulto (o aviador, aquilo em que se tornou) com Saint-Exupery criança, que se torna a sua consciência, aquela que lhe faz as perguntas mais incómodas. O Principezinho incarna os seus sonhos e interrogações de menino. É o motor da consciência que o impele a buscar a resposta para os enigmas e para a perseguição dos seus desejos.
O conto tem um significado polissémico quase que infinito.
Por exemplo, as jibóias que engolem as presas “inteirinhas, sem as mastigar”podem ser perfeitamente aquelas pessoas - amigos-inimigos - que não olham a meios para atingirem os seus fins. Na mitologia clássica, a primeira mulher de Zeus, a titã Métis, depois de casada, deixa-se “engolir” isto é, deixa-se dominar, ou aniquilar pelo marido, depois deste a convencer a diminuir de tamanho.
O mesmo se passa com as jibóias humanas de Saint-Exupery que, tal como oportunista Zeus, eliminam os rivais, engolindo-os, para em seguida obterem a supremacia. Por vezes, apropriam-se do mérito alheio, em parte ou na totalidade - Zeus gabava-se de ser o único progenitor de Athena, por tê-la feito vir à luz já adulta e armada quando, na realidade, a sua mãe biológica era Métis. Athena esqueceu-se que tinha mãe, pois não lhe passava pela cabeça ser filha de alguém a quem não admirasse e que se anulava a si própria.
Esta interpretação está directamente ligada à crítica que o narrador faz, imediatamente a seguir, em relação à superficialidade e materialismo do mundo dos adultos.
O adulto Saint-Exupery consegue, por obrigação da sociedade, colocar-se ao nível dos seus contemporâneos, mas a criança Saint-Exupery vai definhando, lentamente, incompreendida e desvalorizada pelos adultos, consumida pela solidão, até ao golpe final…
O diálogo do Aviador com o Principezinho gera-se a partir de um sonho, logo após aquele se ter deitado, depois de constatar a avaria no avião, em pleno Sahara.
É por ser a voz da consciência do Aviador que o Principezinho nunca desiste de uma pergunta. Mas, curiosamente, nunca responde às perguntas do aviador. É este quem, enquanto adulto, tem de fornecer as respostas para satisfazer a curiosidade da criança que habita dentro de si próprio.
Em primeiro lugar, o que mais incomoda o aviador - e narrador - é o acto de julgar as pessoas pelas aparências, pela forma de vestir (o caso do astrónomo Turco), a falta de interesse dos adultos pelas características pessoais, gostos e afinidades de cada um, preferindo, ao invés, avaliar os indivíduos em função da sua situação sócio-económica e deixar-se fascinar pelos sinais exteriores de riqueza.
Os “embondeiros” têm um significado muito parecido com o da jibóia. São aquelas pessoas que ocupam demasiado espaço na vida de cada um. Não deixam margem para a individualidade ou a privacidade. São como as ervas daninhas. Impedem, inclusive a criatividade de florescer.Também podem simbolizar a pressão social, que molda a nossa personalidade, atitudes e condiciona as nossas escolhas.
A necessidade de sol por parte do Principezinho significa uma forte tendência para a depressão, proporcionada pelo peso opressivo da solidão. Esta característica deve-se à enorme clivagem relativamente à sua forma de pensar e à dos adultos.
Por sua vez, a Rosa é o primeiro amor do Pequeno Príncipe. Um amor total, absoluto e ingénuo. Porque ele ainda não sabe que é amor. Não antes da sua estadia na Terra. “Eu era novo de mais para saber amar”. O receio que a ovelha lhe coma a flor é o medo que a namorada o tenha esquecido. A ovelha devoradora simboliza um possível rival.
A rosa é, pelas atitudes expressas, uma menina extremamente jovem, imatura, com pouca capacidades para sobreviver sozinha. Daí a necessidade da redoma, do biombo e todo e qualquer pretexto para cativar a atenção do pequeno Príncipe.
O Principezinho, antes de chegar à Terra, faz um périplo por vários planetas ou asteróides habitados, cada qual por uma figura-tipo. Estas figuras incarnam alguns dos aspectos mais fúteis e contraditórios da sociedade em que vivemos. É através delas, que o Autor, enfatiza o ridículo daquilo que mais o incomoda: a autoridade e o gosto por dar ordens e fazer-se obedecer, na persona do monarca; a vaidade e o egocentrismo daqueles que vivem para receber aplausos; a embriaguez como desculpa para fugir aos problemas; a avareza do homem de negócios, que vive somente para contar e amealhar dinheiro; o geógrafo-burocrata, que se aproveita do trabalho do explorador, complicando-o para justificar um mérito que não lhe pertence; a falta de autonomia do acendedor de candeeiros, que se limita a obedecer a instruções, mesmo que desprovidas de sentido. É, no entanto, este último, o único por quem sente alguma simpatia, por não ter a atenção centrada, unicamente, em si próprio.
Na Terra, o Principezinho encontra três personagens importantíssimas: a Serpente, a Raposa e o Aviador (que é ele próprio enquanto adulto).
A Serpente é a tentação do abismo, a vertigem que o atrai para a morte. O diálogo com o réptil torna-se premonitório para o desenrolar da história. Ela oferece-lhe o seu veneno para quando ele precisar. O Principezinho está imerso num estado de depressão profunda, por ter perdido ou ter-se afastado da sua rosa. A Serpente condu-lo sedutoramente para a morte.
O Pequeno Príncipe conhece outros amores – outras rosas, outras meninas – mas nenhuma é a sua rosa, mais nenhuma precisa realmente dele. Por isso, sente-se só, mesmo rodeado de muita gente.
No pólo oposto ao da Serpente, encontra-se a Raposa.
A Raposa pode, perfeitamente, ser uma mulher mais velha, mais vivida, que se deixa cativar, apaixonar, fascinar, prender, pelo Principezinho.
A Raposa ensina-lhe a importância dos rituais para cativar alguém, a “ver com o coração” e que é o Tempo que consolida o amor.
Um pormenor importante: a Raposa não “brinca” com o Principezinho antes de “estar presa”, isto é, de estar apaixonada.
Para esta mulher-raposa, os homens são predadores aos quais só importa possuir a presa (a raposa), para exibir como troféu de caça. Por isso ela prefere as galinhas - passivas. Depois de seduzida, a raposa entrega-se sem reservas, apesar de saber que o Principezinho não a pode amar – porque já ama a sua rosa. Para a raposa amar, por si só, vale a pena porque a lembrança do amor – no caso do Pequeno Príncipe,está na cor do trigo, dourado como os seus cabelos – é indelével. A mulher-raposa prefere amar a ser amada, mesmo que isso implique sofrimento.
A maior lição da Raposa é a de que somos responsáveis por aqueles que amamos e, sobretudo, por aqueles que cativamos, com quem criamos laços.
E, por último, temos o aviador, que é aquele em quem se tornou o Principezinho.
O Aviador transporta ao colo a criança, cada vez mais frágil, que acaba por desaparecer juntamente com o amor pela sua rosa agora inatingível, inalcançável.
O Principezinho, sucumbe ao abismo, ao fundo do qual espera encontrar a sua rosa...
No capítulo XVI, assiste-se à luta desesperada do Aviador que tenta, em vão, dissuadir o seu pequeno amigo de se deixar levar pela Serpente.
A criança insiste, contudo, em morrer em nome do Amor.
O Aviador perde o seu pequeno amigo para sempre.
Também nunca chega a saber se a sua rosa foi ou não devorada por uma ovelha...
Uma história bela e pungente história de dor e solidão.
Cláudia de Sousa Dias
“Tu tornas-te responsável por aquilo que cativas”. Do lado esquerdo, um sol de nariz batatudo espreitava por entre as nuvens…debaixo de um guarda-chuva (ou guarda-sol)!
Na altura, li, mas fiquei com a sensação que o mais importante me escapava, perdido, algures nas entrelinhas, como o sol da Natacha que me observava por entre as nuvens…
Hoje, é esta a minha interpretação da mais conhecida obra de Saint-Exupery:
Trata-se de um conto que, definitivamente não é (só) para crianças, apesar da naïfté das ilustrações (aliás lindíssimas) do Autor e da ingenuidade das perguntas do Pequeno Príncipe.
Nada é aquilo que parece.
Em primeiro lugar, o Aviador e o Principezinho são o desdobramento da personalidade do Autor.
É o diálogo de Saint-Exupery adulto (o aviador, aquilo em que se tornou) com Saint-Exupery criança, que se torna a sua consciência, aquela que lhe faz as perguntas mais incómodas. O Principezinho incarna os seus sonhos e interrogações de menino. É o motor da consciência que o impele a buscar a resposta para os enigmas e para a perseguição dos seus desejos.
O conto tem um significado polissémico quase que infinito.
Por exemplo, as jibóias que engolem as presas “inteirinhas, sem as mastigar”podem ser perfeitamente aquelas pessoas - amigos-inimigos - que não olham a meios para atingirem os seus fins. Na mitologia clássica, a primeira mulher de Zeus, a titã Métis, depois de casada, deixa-se “engolir” isto é, deixa-se dominar, ou aniquilar pelo marido, depois deste a convencer a diminuir de tamanho.
O mesmo se passa com as jibóias humanas de Saint-Exupery que, tal como oportunista Zeus, eliminam os rivais, engolindo-os, para em seguida obterem a supremacia. Por vezes, apropriam-se do mérito alheio, em parte ou na totalidade - Zeus gabava-se de ser o único progenitor de Athena, por tê-la feito vir à luz já adulta e armada quando, na realidade, a sua mãe biológica era Métis. Athena esqueceu-se que tinha mãe, pois não lhe passava pela cabeça ser filha de alguém a quem não admirasse e que se anulava a si própria.
Esta interpretação está directamente ligada à crítica que o narrador faz, imediatamente a seguir, em relação à superficialidade e materialismo do mundo dos adultos.
O adulto Saint-Exupery consegue, por obrigação da sociedade, colocar-se ao nível dos seus contemporâneos, mas a criança Saint-Exupery vai definhando, lentamente, incompreendida e desvalorizada pelos adultos, consumida pela solidão, até ao golpe final…
O diálogo do Aviador com o Principezinho gera-se a partir de um sonho, logo após aquele se ter deitado, depois de constatar a avaria no avião, em pleno Sahara.
É por ser a voz da consciência do Aviador que o Principezinho nunca desiste de uma pergunta. Mas, curiosamente, nunca responde às perguntas do aviador. É este quem, enquanto adulto, tem de fornecer as respostas para satisfazer a curiosidade da criança que habita dentro de si próprio.
Em primeiro lugar, o que mais incomoda o aviador - e narrador - é o acto de julgar as pessoas pelas aparências, pela forma de vestir (o caso do astrónomo Turco), a falta de interesse dos adultos pelas características pessoais, gostos e afinidades de cada um, preferindo, ao invés, avaliar os indivíduos em função da sua situação sócio-económica e deixar-se fascinar pelos sinais exteriores de riqueza.
Os “embondeiros” têm um significado muito parecido com o da jibóia. São aquelas pessoas que ocupam demasiado espaço na vida de cada um. Não deixam margem para a individualidade ou a privacidade. São como as ervas daninhas. Impedem, inclusive a criatividade de florescer.Também podem simbolizar a pressão social, que molda a nossa personalidade, atitudes e condiciona as nossas escolhas.
A necessidade de sol por parte do Principezinho significa uma forte tendência para a depressão, proporcionada pelo peso opressivo da solidão. Esta característica deve-se à enorme clivagem relativamente à sua forma de pensar e à dos adultos.
Por sua vez, a Rosa é o primeiro amor do Pequeno Príncipe. Um amor total, absoluto e ingénuo. Porque ele ainda não sabe que é amor. Não antes da sua estadia na Terra. “Eu era novo de mais para saber amar”. O receio que a ovelha lhe coma a flor é o medo que a namorada o tenha esquecido. A ovelha devoradora simboliza um possível rival.
A rosa é, pelas atitudes expressas, uma menina extremamente jovem, imatura, com pouca capacidades para sobreviver sozinha. Daí a necessidade da redoma, do biombo e todo e qualquer pretexto para cativar a atenção do pequeno Príncipe.
O Principezinho, antes de chegar à Terra, faz um périplo por vários planetas ou asteróides habitados, cada qual por uma figura-tipo. Estas figuras incarnam alguns dos aspectos mais fúteis e contraditórios da sociedade em que vivemos. É através delas, que o Autor, enfatiza o ridículo daquilo que mais o incomoda: a autoridade e o gosto por dar ordens e fazer-se obedecer, na persona do monarca; a vaidade e o egocentrismo daqueles que vivem para receber aplausos; a embriaguez como desculpa para fugir aos problemas; a avareza do homem de negócios, que vive somente para contar e amealhar dinheiro; o geógrafo-burocrata, que se aproveita do trabalho do explorador, complicando-o para justificar um mérito que não lhe pertence; a falta de autonomia do acendedor de candeeiros, que se limita a obedecer a instruções, mesmo que desprovidas de sentido. É, no entanto, este último, o único por quem sente alguma simpatia, por não ter a atenção centrada, unicamente, em si próprio.
Na Terra, o Principezinho encontra três personagens importantíssimas: a Serpente, a Raposa e o Aviador (que é ele próprio enquanto adulto).
A Serpente é a tentação do abismo, a vertigem que o atrai para a morte. O diálogo com o réptil torna-se premonitório para o desenrolar da história. Ela oferece-lhe o seu veneno para quando ele precisar. O Principezinho está imerso num estado de depressão profunda, por ter perdido ou ter-se afastado da sua rosa. A Serpente condu-lo sedutoramente para a morte.
O Pequeno Príncipe conhece outros amores – outras rosas, outras meninas – mas nenhuma é a sua rosa, mais nenhuma precisa realmente dele. Por isso, sente-se só, mesmo rodeado de muita gente.
No pólo oposto ao da Serpente, encontra-se a Raposa.
A Raposa pode, perfeitamente, ser uma mulher mais velha, mais vivida, que se deixa cativar, apaixonar, fascinar, prender, pelo Principezinho.
A Raposa ensina-lhe a importância dos rituais para cativar alguém, a “ver com o coração” e que é o Tempo que consolida o amor.
Um pormenor importante: a Raposa não “brinca” com o Principezinho antes de “estar presa”, isto é, de estar apaixonada.
Para esta mulher-raposa, os homens são predadores aos quais só importa possuir a presa (a raposa), para exibir como troféu de caça. Por isso ela prefere as galinhas - passivas. Depois de seduzida, a raposa entrega-se sem reservas, apesar de saber que o Principezinho não a pode amar – porque já ama a sua rosa. Para a raposa amar, por si só, vale a pena porque a lembrança do amor – no caso do Pequeno Príncipe,está na cor do trigo, dourado como os seus cabelos – é indelével. A mulher-raposa prefere amar a ser amada, mesmo que isso implique sofrimento.
A maior lição da Raposa é a de que somos responsáveis por aqueles que amamos e, sobretudo, por aqueles que cativamos, com quem criamos laços.
E, por último, temos o aviador, que é aquele em quem se tornou o Principezinho.
O Aviador transporta ao colo a criança, cada vez mais frágil, que acaba por desaparecer juntamente com o amor pela sua rosa agora inatingível, inalcançável.
O Principezinho, sucumbe ao abismo, ao fundo do qual espera encontrar a sua rosa...
No capítulo XVI, assiste-se à luta desesperada do Aviador que tenta, em vão, dissuadir o seu pequeno amigo de se deixar levar pela Serpente.
A criança insiste, contudo, em morrer em nome do Amor.
O Aviador perde o seu pequeno amigo para sempre.
Também nunca chega a saber se a sua rosa foi ou não devorada por uma ovelha...
Uma história bela e pungente história de dor e solidão.
Cláudia de Sousa Dias
23 Comments:
:-)*
eu qé que queria escrever como tu, com o teu sentido crítico analítico ;)
beijo, minha linda
Sem dúvida uma das mais belas histórias que hà!À primeira vista parece banal e o seu tamanho engana muito...
Pouco mas muito rico...
Vocês são uns queridos!
Um beijo grande!
:)o
CSD
Olá Menina :o)
O Tempo é um amigo querido, que sabe quando estamos prontos a aprender uma nova lição :o)
Já li muitas vezes "o Principezinho", e encontro sempre novas nuances, novas "verdades", novas lições de vida.
Obrigada por, com mestria e delicadeza, apontares novos e tão interessantes caminhos de leitura.
Só não digas que o Principezinho não existiu, pois nisso jamais acreditarei ;o)
Beijinhos doces da sempre amiga
A Batatinha ;o)
Querida batatinha;)
Quando é que marcamos um café?
CSD
Visão analítica cuidada... mas também afectiva, que este livro gerou em todos nós afectos grandes.
o eterno principezinho um livro para todos :O)
bjinho
é impressão minha ou andaste a espiar os meus livros?
:P
é que não sendo um grande devorador de livros, parece que acertaste em muitos dos livros que li...
E resumiste-os de forma brilhante!
Obrigada!
garanto-te que é pura coincidência!
Verás que sim, se continuares a visitar-me!
Beijos e votos de um Feliz Natal!
CSD
Para mim o "Princepezinho" é o melhor livro que já li. Na verdade ajudou-me a formar copo pessoa e, ajuda-me a cada dia a não ser como os adultos que não vêm para além daquilo que a realidade objectiva transmite. "nada é aquilo que parece". Mas a história mais apaixonante neste GRANDE livro é o criar laços. Será que todos temos essa consciência e sentimos o pulsar do coração perante a espera da chegada dos amigos.
Criar laços é precisamente aquilo que mais me apaixona.Adoro que me "Cativem". Sou uma raposa a tempo inteiro.
Por isso é que é tão bom ter este blog e visitar os blogs dos meus amigos.
Mas também gosto de ser eu a cativar, por vezes.
Beijinho e obrigada!
:0)
Olá, linda e culta conterrânea! :)
Cheguei agora acidentalmente ao teu blog, qd procurava referências acerca de "O Principezinho", para o indicar a uma Alma muito linda e juvenil que ainda desconhece tal maravilha.
Oh... tal como eu desconheço a tua... but may be not for long... ou já te encontrei na rua! ;)
Pois não dizes aqui que "criar laços é precisamente aquilo que mais me apaixona"... Raposinha?! :)
Hummm... mas já deve ter chegado o caçador, que te enlaçou no cordão do seu amor... melhor ainda, libertou!...
...for I am also free and wild...
...a mischievous ever Child! :)*
E prometo ir ler tudo...
Rui leprechaun
(...deslumbrado mas não mudo!!! :))
Oláá!
andava a procura de informaçoes sobre esta obra, pois vou ter teste sobre ela... ando no 9º ano...
e encontrei exactamente o que procurava... tiratse isto td da tua cabeça, apenas ao ler o livro...?
vou continuar a passar por ca... ^^
bjos*** Jessica !
Não, Jessica!
Não tirei da minha cabeça!
Tirei antes da de Saint-Éxupery, ao analisar a obra, palavra por palavra, de lápis na mão e com aquilo que aprendi em sociologia e psicologia sobre o processo de socialização...
É assim que comento todos os livros que leio. E é assim que elaboro os textos que vês aqui no blog.
Não vou à net retirar absolutamente nada.
CSD
Obrigado por esta interpretação sincera e simples daquilo está realmente descrito no livro que tanto gostamos. Bjs"
Ainda bem que gostou, Architect!
Recomendo-lhe igualmente "A Morte e nascimento de uma Flor" de Elvira Santiago da editora Bichinho-do-Conto.
Lindíssimo estandpo ao mesmo nível de Saint-Éxupery...
CSD
Não sei se sabe, mas há um livro muito interessante sobre a interpretação maçónica do Principezinho. Não me recordo o nome exacto, mas tem no título o nome do Principezinho e do seu autor. É um livro que nem sempre aparece. Às vezes há na Fnac, na secção de esoterismo. Se gosta assim tanto do Principezinho, aconselho vivamente a sua leitura. Não destrói em nada o imaginário do Principezinho, só ajuda a perceber que ainda é mais complexo e fabuloso do que percebemos nas primeiras leituras.
Estou a ver o seu blog de trás para a frente há muitos livros que já li, outros que estou para ler, outros que nunca lerei porque já me cansei do estilo (sempre muito igual) do autor.
A propósito da crítia que fez ao Pricipezinho, deixo aqui a indicação de que vou postar, por estes dias, um "conto" de Agostina Bessa-Luis, chamdo Domiga que gostria que lesse. É uma mais valia relacionada com este assunto.
ainda não comecei a ler Agustina.
só "A Sibila" há muitos anos atrás...
Mas quando começar, será como com o Eça...calmamente mas seguidinhos.
csd
Olá Claudia gostaria de saber como faço para interpretar livros, pois já li alguns livros a quase sempre não percebo.
Muito boa análise.
Não existe receita. Mas ajuda se pegar na matéria das aulas de português para construir o "esqueleto" do texto a redigir.
1. Local e tempo da acção (situar a acção no espaço e no tempo).
2. Estrutura da narrativa (analepses e prolepses, isto é, saber se há avanços e recuos e em que momentos da história).
3. Personagens - Caracterização física e psicológica (directa ou através das atitudes.)
4. Análise actancial - saber a posição de cada personagem na trama.
5. Identificar o estilo literário utilizado pelo autor - linguagem corrente, padrão ou erudita; figuras de estilo e marcas simbólicas mais importantes,saber se o texto é predominantemente descritivo ou se abundam os momentos de acção...
CSD
Adorei a análise ao livro. Simples, directa, e consistente!
Grande ajuda e inspiração para os meus desenhos com raparigas e raposas :)
obrigada
Post a Comment
<< Home