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Tuesday, July 01, 2014

Pudim Flan Literário - Mala, Medo e Boca

Tenho três números da Flanzine: respectivamente a Mala, o Medo e a Boca, das quais falei há cerca de três meses atrás numa rede social e que agora coloco aqui as impressões que me causaram os autores que nela participaram, em comentários muito breves, enquanto não consigo um réstia de tempo para preparar os textos dos livros lidos e que aguardam ao canto da mesa a altura em que será feita a respectiva análise.

Assim, após ler o primeiro número, sobre o tema Mala destaquei os textos de Susana Moreira Marquese as sensações apreendidas por uma mente andarilha em Moledo, uma belíssima narrativa de viagens; o conto inicialmente de suspense e que depois se transforma em peça humorística de Luís Olival; a Mala de Sons - # 01 Sonosfera e as impressões fonológicas de Vítor Rua; a crónica satírica Os Malafícios do Casaco de João Pedro Azul; e o relato de viagens com uma mala a fazer a voz da, isto é, uma narrativa contada pelo ponto de vista de uma mala pela talentosa jovem e escritora Raquel Ribeiro que ainda dará muito que falar nas próximas décadas.




Saliento ainda a beleza da revista enriquecida pelas ilustrações de Mariana Velhote, Pipa, Luís Silva, Helena Rocío Janeiro, Sara Pazos e Álvaro Silveira assim como a fotografia de Claudine Rodrigues.


Do Medo chamaram-me a atenção os textos  "Instituto da Realidade" de Marco Santos, um retrato das relações de trabalho e do "exemplo" urbanidade das chefias; os belíssimos poemas de Mário Osório; "Consciência do Perigo" de Cláudia Lucas Chéu e o seu cínico Heinrich, autora a quem agradeço a aprendizagem de um hilariante neologismo - o "putímetro"; o "Poster: Glória!", uma lambada bem assente da autoria F.S. Hill e ilustrado por João Concha; "MEDO" de Débora Figueiredo; a segunda parte de "Mala de Sons", o tratado de Fonologia de Vítor Rua; "Do Caderno dos Sonhos" - neste caso dos pesadelos - outro texto de Susana Moreira Marques que volta a agarrar o leitor; a apresentação bilingue de "Dialogo tra un Funambolo" de Flavia Larocca traduzido por José Coutinhas, onde é notória a diferença de prosódia da língua italiana para o português, pelas pausas, mais curtas na primeira e mais marcadas, isto é, com o ritmo mais quebrado, na segunda; e ainda um conto de terror, "Coração com Estrela-do-mar dentro" de Filipe Homem Fonseca.


Ilustrações de Luís Silva, Álvaro Silveira, Teresa Falcão, Daniel Moreira e João Concha e fotografias de Filipa Castro, David Rosado e Vera Marmelo.


E da Boca saíram o Conto "Boca da Mulher Polícia" de Bruno Vieira Amaral; a continuação da "Mala de Sons" #4 e #5 de Vítor Rua; o sensual poema "O Berço" de Helder Magalhães; o diálogo "Boca de Incêndio" de Helena Miranda e João Pedro Azul, com um final devastador; a crónica "Boca de Inferno" de Emanuel Amorim; uma tragédia em três actos de Luisa Monteiro a lembrar os contornos de um conhecido caso de infanticídio no Algarve intitulado "Do Crime e do Castigo da Boca de um Anjo"; da amargura da decadência na "Boca" do poema de Luís Quintais; a hilariante "re-seita" de Rogério Nuno Costa "Ar do Tempo"; o conto "o Lugar Certo da Boca" de Casimiro Teixeira; o belíssimo poema "Escrevo com o Coração na Boca" de Gonçalo Mirao contundente "Clausura" de Raquel Ribeiroe a escrita a dois de uma sessão de psicanálise por Débora Figueiredo e JR Direitinhoclaro.


As ilustrações ficaram a cargo de João Concha, Filipe Marques, Álvaro Silveira, Cátia Vidinhas, Daniel Moreira, Luís Silva, A. Mimura, Sara Macedo, Teresa Falcão e Carlota Lagido.

As fotografias são de Claudine Rodrigues, Daniel Curval, Filipa Castro, Ana Pereira, Ana Teresa Vicente, Betânia Liberato e Luís Barbosa,






Aguardo pelo número 4 o Carrossel. O mal das coisas boas é que acabam sempre por viciar.




Cláudia de Sousa Dias