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Blog sobre todos os livros que eu conseguir ler! Aqui, podem procurar um livro, ler a minha opinião ou, se quiserem, deixar apenas a vossa opinião sobre algum destes livros que já tenham lido. Podem, simplesmente, sugerir um livro para que eu o leia! Fico à espera das V. sugestões e comentários! Agradeço a V. estimada visita. Boas leituras!

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Bibliomaníaca e melómana. O resto terão de descobrir por vocês!

Friday, April 27, 2007

“Diário de um Killer Sentimental” de Luís Sepúlveda (ASA)


O humor negro é a nota dominante nas três pequenas novelas de cariz policial que fazem parte deste volume.

Diário de um Killer Sentimental é a primeira dessas três pequenas estórias e, simultaneamente, aquela que dá título ao livro. Recheada de fina ironia a emergir de uma aparente contradição que deixa de o ser à medida que prosseguimos a leitura deste conto policial, cujo principal atractivo é o discurso de um assassino policial contratado. Sempre que fazemos uma análise de conteúdo ao seu monólogo interno (leia-se pensamento) verificamos que este exibe sempre a mesma tonalidade, o que o transforma numa personagem tipo; os adjectivos utilizados, quando se refere a terceiros, são quase sempre pejorativos, depreciativos. Trata-se de um registo onde impera a frieza e o cinismo, destituído de qualquer tipo de emoção que não seja o puro interesse material. Mesmo quando se refere à namorada – a sua “gata francesa” – é sempre na óptica do desejo sexual. Como pessoa, a jovem continua a ser, para ele, “aquela gajinha”; as qualidades positivas são sempre referentes ao corpo dela, nunca às suas qualidades humanas ou intelectuais - “Como toda a intelectual é algo ingénua, por isso acredita em qualquer história que lhe conte”. No entanto, a relação que mantém com a bela tradutora é um excelente exercício de camuflagem de forma a esconder a verdadeira personalidade ao viver, aparentemente, a vida de um homem normal. Mas a vida dupla torna-se, também, o seu ponto fraco face aos “colegas de profissão” que se encontram em campos opostos.

Estranhamente, este killer, aparentemente pouco ortodoxo, começa, de uma forma inexplicável, a interessar-se pelo carácter de uma das suas vítimas, membro de uma ONG, e a sentir uma despropositada curiosidade acerca dos actos que levaram a que fosse colocado na mira de um assassino contratado.

Este aparente sentimentalismo é esclarecido no final, quando nos apercebemos de que, na realidade, o assassino e a vítima têm mais em comum do que aquilo que se poderia pensar…

Uma estória muito ao estilo de James Bond recheada de viagens a lugares exóticos, ambientes sumptuosos ou infectos, onde colidem os interesses de diferentes redes internacionais de crime organizado.

Onde, também, se denuncia a hipocrisia da lei em países que, supostamente, defendem os direitos humanos.

A segunda estória, Jacaré, passa-se entre a sofisticada Itália e a bela selva do Pantanal. O tema de eleição é o tráfico de matérias-primas provenientes de espécies protegidas, muito ao gosto do Autor, tal como o tema do massacre de tribos amazónicas, em nome do monopólio do contrabando de peles.

O protagonista é um detective que, ao tentar encontrar a uma pista que ajude a desvendar a morte de um industrial italiano do ramo do calçado, trava conhecimento com uma rica e excêntrica herdeira. Idealista e adepta dos movimentos de defesa da ecologia e do ambiente, das minorias étnicas e dos mais fracos, tudo em nome da luta quixotesca pelos Direitos do Homem e do Animal…
Curiosamente, a bela, sedutora e felina jovem exibe um aspecto físico muito semelhante ao de Ornella Mutti. Aliás o nome da personagem é, precisamente, o de Ornella Brunni! Trata-se de uma personagem que é, provavelmente, fruto de um momento de inspiração que reuniu a beleza universalmente conhecida da actriz italiana, com as origens sociais do ícone internacional das passerelles, nos anos 90, actualmente, cantora e compositora – Carla Bruni –, uma mulher cujo forte sentido de independência fez com que se destacasse da família e sobrevivesse à custa do próprio talento. A personagem fictícia possui, também, a mesma fome de independência e liberdade. Não é por acaso que o índio do Pantanal afirma que “aquela fêmea tinha a selva no olhar” referindo-se, não só, ao olhar verde de Ornella Mutti mas também à irreverência de Carla Brunni. A personagem Ornella Bruni, a heroína de Jacaré tem a personalidade de uma mulher-jaguar ou de uma fêmea de ocelote, numa família de aves rapaces.

O tom coloquial de Luís Sepúlveda, o discurso próximo da oralidade e, sobretudo, o uso do vernáculo, tornam a escrita bastante dinâmica, aligeirando a forma, mas não o conteúdo, que é enriquecido pela já mais do que conhecida veia humorística deste escritor chileno.

Um mini-conto policial onde o móbil da vingança surge de onde menos se espera.

Em Hot-Line temos, mais uma vez, um detective, agora um Charles Bronson ou John Wayne da Patagónia que, ao tentar deter um bando de ladrões de gado na pampa, acabar por desintegrar a parte posterior traseira da anatomia de um filho de um general dos tempos do Ditador. O filho era, por sinal, o chefe do bando.
Um facto que acaba por desencadear a transferência do “detective de gatilho leve” para a capital, onde é encurralado num gabinete, atrás de uma secretária, a fim de escapar à perseguição do militar.

O activo detective das pampas vê-se, encurralado num departamento onde, dificilmente, terá a oportunidade de efectuar qualquer tipo de intervenção: a área dos delitos sexuais, a cargo, sobretudo de mulheres.

Até que surge a grande oportunidade.

Uma série de sucessivas queixas por parte de pessoas que se sentem burladas na conta telefónica devido ao excesso de chamadas hot line. Pouco tempo depois, são os próprios proprietários da hot line que apresentam queixa do estranho comportamento de um cliente: ruídos, gritos, ameaças veladas, sons que lembram prisioneiros a serem torturados numa cela de prisão, numa clara alusão aos abusos de poder praticados durante o regime de Pinochet.

Ajudado pela companheira, uma táxi-driver de Santiago do Chile, o detective segue a pista da “linha quente” – Hot Line – encontrando uma ligação surpreendente entre dois factos, aparentemente isolados.

Um leitura divertida, ideal para rir e descontrair, após um stressante dia de trabalho…


Cláudia de Sousa Dias

Thursday, April 19, 2007

“Nostromo” de Joseph Conrad (Dom Quixote)


Um romance épico sobre a presença britânica na América do Sul, onde se aborda, também, a problemática das relações económicas com uma potência emergente: os Estados Unidos da América.

«Têm-me chamado escritor do mar, escritor dos trópicos, um escritor descritivo – e também realista. Na verdade, toda a minha preocupação se tem centrado no valor “ideal” das coisas, das pessoas, dos acontecimentos. Só isso e nada mais... A tarefa que tento levar a bom termo é, através do poder da palavra escrita, fazer-vos ouvir, fazer-vos sentir – é, antes de mais, fazer-vos ver.»


Joseph Conrad

Segundo o prefácio da obra, escrito pelo próprio Autor, a natureza da sua inspiração sofreu uma subtil alteração a partir da colectânea de contos intitulada de Tufão. Foi por volta de 1876, durante uma curta estadia nas índias ocidentais, mais propriamente no Golfo do México, que o então jovem Joseph Conrad ouviu falar acerca de um homem que «teria roubado sozinho uma barcaça carregada de prata, algures na costa de Tierra Firme, durante uma Revolução» (sic).

Vinte e sete anos mais tarde, o Autor depara-se com a mesma história, narrada num velho livro que encontrou num alfarrabista...

Parecia, de facto, que o espertalhão tinha conseguido apoderar-se da prata, por gozar da total confiança do patrão. A narrativa, a cargo de um marinheiro, caracteriza o intrépido indivíduo como «um escroque insaciável, um larápio estupidamente agressivo, mesquinho e antipático» não sendo minimamente merecedor da sorte que o favorecia, ao gabar-se abertamente da façanha. Para além disso, gozava de grande carisma e prestígio na povoação onde teria efectuado o roubo, pelo que, se fosse denunciado por um forasteiro, ninguém lhe daria crédito.

Este foi o ponto de partida para a construção do romance de Conrad. A personalidade do ladrão, complexa e cheia de contradições, intrigava-o a ponto de pensar que, provavelmente, as coisas não seriam tão lineares.

«O ladrão oportunista poderia até ser um homem de bem, agente e vítima das reviravoltas de uma revolução». A partir daí, foi só construir a paisagem da terra imaginária de Sulaco, isolada pela Sierra e pela bruma marítima.

É nesta altura que o Autor decide, regressar à América Latina, para se embrenhar no conhecimento profundo da região e construir o complicado enredo político da República de Costaguana e da província de Sulaco, a Terra da Prata.

A principal fonte foi, de acordo com o Autor A História de Cinquenta anos de Desordem de um amigo seu a quem chamou de Dom José Avellanos e que figura no romance: o aristocrata, pai de Antónia – uma bela Minerva da belle Époque. O Autor afirma que o livro do suposto Dom Avellanos nunca chegou a ser publicado...

Sobre Nostromo, o Autor decidiu atribuir-lhe antepassados italianos pelo facto de, nessa altura, a América Latina ser um dos destinos preferidos para o impressionante fluxo de imigração vindo daquele país. Conrad queria, também, que fosse um “homem do povo”. Estas duas características permitem-lhe torná-lo próximo de Giorgio Viola, um garibaldino convicto, idealista das velhas revoluções humanitárias. Sendo assim Nostromo é um homem que não pretende ascender à aristocracia mas antes tornar-se num líder representante das massas populares. Um homem cuja fidelidade é “mesclada de amargura” e devoção “mesclada de ironia”. A morte liberta-o “das grilhetas do Amor e da Riqueza”.

No outro extremo do mesmo continuum, encontra-se Antónia Avellanos, a aristocrata que desperta a paixão num jovem jornalista, boémio e diletante. O autor construiu Antónia à imagem e semelhança da sua primeira paixão. Mulher de acutilante sentido crítico, de uma franqueza mordaz, que se mantém como uma deusa no seu pedestal, Antonia permanece sempre perfeita, sempre inatingível.

As restantes personagens estão, na sua quase totalidade, estritamente interligadas, desde o casal Gould, - os carismáticos “reis de Sulaco”, uma vez que a responsabilidade +pela concessão e gerência da mina, lhes permite gerar riqueza e criar emprego em Sulaco, sustentando a esmagadora maioria das famílias. A bela e delicada Emily Gould, torna-se alvo da admiração da população em geral pela sua doçura e altruísmo. Ao passo que, Charles Gould, apesar de respeitado, vai-se afastando gradualmente de tudo e de todos, obcecado pelo seu ideal, ao encarar o desenvolvimento da região ligado à mina como uma missão, na tentativa de colmatar aquilo que considera como fraqueza e fracasso do pai.

Já o aparentemente cínico Dr. Monygham, o médico da mina e admirador incondicional de Mrs. Gould, assemelha-se fisicamente ao próprio Autor , também, na própria adoração pela “primeira-dama de Sulaco”, assemelhando-se à devoção dos católicos crentes à Virgem.
Antónia, grande amiga de Emily, é uma aristocrata intelectual, cuja beleza e comportamento, marcado pela indiferença face às convenções, são dois factores que não impedem, contudo, de escandalizar a ultra-conservadora sociedade sul-americana. Mas apesar ou se calhar, por isso mesmo, Antonia consegue cativar a admiração de Martin Decoud, o jornalista costaguanense dos boulevards, cuja blague e diletantismo intelectual o impedem, inicialmente, de ser levado a sério pelos locais.

Emily Gould toma, também, a seu cargo, a protecção das duas belas filhas de Giorgio Viola: a passional Linda e a delicada e angélica Giselle.

À parte, está o caracter dos líderes políticos de Costaguana – os abutres que esperam abocanhar a prata da mina de Sulaco.

Pedro Montero, é um arremedo de Napoleão, cuja boçalidade nunca consegue vencer a fleuma de Charles Gould e seus aliados, usando de chantagem, extorsão ou tortura.

Por outro lado o belo capitão Sotillo, refugiado numa insana megalomania e no conceito distorcido de si próprio, sucumbe à obsessão da aquisição de riqueza fácil e à mania de perseguição que acabam por destruir o que resta da sua sanidade mental.

A Febre da Prata é uma epidemia que se dissemina rapidamente em Sulaco, despertando a cobiça entre as diferentes facções políticas que tentam neutralizar-se mutuamente.

A fatalidade abate-se sobre Sulaco e atinge sobretudo as mulheres sobreviventes à praga argêntea, que vegetam numa vida sem amor.

Todas amaram no passado e é a recordação do Amor que as mantém vivas com uma trémula chama de paixão que arde sobre as cinzas e a cor cinza da prata.

Com excepção de Linda, a belíssima filha mais velha de Giorgio Viola, que não resistiu à constatação de amar sem ser correspondida. Linda é uma mulher de paixões violentas e insubmissa, mas com um ego frágil – características que despertam o receio de Nostromo em convertê-la em sua mulher.

Já a doçura e a serenidade de Giselle, com o seu ar de musa da Renascença, aliados a uma extrema juventude e aparente submissão, cativam o italiano. Mas apesar da sua aparente delicadeza, Giselle é suficientemente forte para aguentar as perdas.
Antónia sobrevive, também, à perda com a dignidade de uma aristocrata. Ou de uma deusa do Olimpo.

O estilo apaixonado com o qual Conrad descreve as personagens femininas, a precisão e o realismo com que descreve as motivações das personagens masculinas, com particular incidência em Charles Gould e Nostromo e a luxuriante descrição da esmagadora beleza da paisagem de Sulaco, tornam Nostromo num dos grandes clássicos do último século.

Da mesma forma, a beleza trágica do final, aproximam-no dos grandes pilares da literatura universal como Homero ou Sófocles.

Apaixonante.

Recomendável no período de férias, num lugar exótico, à sombra de uma palmeira...


Cláudia de Sousa Dias

Wednesday, April 11, 2007

Morte e Nascimento de uma Flor de Elvira Santiago (O Bichinho do Conto)


Uma metáfora sobre o crescimento, o amadurecimento, o amor e a morte, num livro que combina as mais diversas formas de expressão: a escrita polissémica, a expressão plástica, o teatro e a dança. O objectivo é dar, a crianças e adultos, a visão da dualidade entre a vida e a morte, a noite e o dia, o ciclo de vida que implica a constante renovação da Natureza. A expressão musical, o teatro e a dança vêm juntar-se às duas formas de manifestação artística, presentes no livro, no sentido de ampliar o impacto da mensagem nele contida, complementando-a.

Morte e Nascimento de uma Flor deu origem ao espectáculo de música cénica com o mesmo nome, composto por quadros (cenas) em que a Melodia, o Movimento e a Arte Digital se reúnem, formando um todo que pretende ser o ponto de convergência onde desembocam todas as facetas da Arte.

As ilustrações, presentes no livro, a cargo de Joana Quental e de Alberto Péssimo pretendem mostrar, no caso de Joana Quental, uma visão optimista da Vida que se manifesta no seu lado colorido, solar: uma celebração festiva da Primavera como na obra de Stravinsky – ideia que se desdobra no texto propriamente dito, como iremos verificar - ; por outro lado, temos a visão pessimista (e perdoem-me o trocadilho com o nome do ilustrador!), lunar, nocturna de Alberto Péssimo. Porque as Trevas também fazem parte da Vida, assim como a ideia da Morte está indissociavelmente ligada à ideia de Imortalidade, como tão bem frisa Milan Kundera.


A excelência do texto literário de Elvira Santiago manifesta-se num discurso de beleza depurada, onde por detrás da extrema simplicidade das palavras, surge uma multiplicidade de significações, fazendo desabrochar a Poesia nelas contida. Essa mesma pluralidade de significados transporta o texto de Morte e Nascimento de uma Flor para a categoria de obra intemporal e universal que se cola, de forma indelével, às almas cristalinas e sem idade das pessoas sensíveis.

O lado emocional é despertado pela temática do nascimento decorrente de uma morte e posterior amadurecimento de uma diáfana flor branca, a personificação da pureza de sentimentos e atitudes.

A Flor Branquinha é um ser que, para amadurecer, tem de contar com a ajuda dos amigos que vai conquistando com a sua beleza cândida, interior e exterior.

Os quatro elementos – Terra, Ar, Água e Fogo – são as pedras basilares que fomentam o seu crescimento.

O Ar, representado pelo Vento, transporta a pequena semente, afugenta o Medo, deposita a semente da Flor Branquinha no local mais adequado para que ela possa germinar. O Vento é o elemento disseminador. Já a Água, fecunda e transporta o alimento, mas é fria; a sua acção fertilizante só se torna activa com a ajuda do Sol, que representa o elemento Fogo. O Sol é a energia e também a centelha de magia que desperta o Amor. É o Sol que aquece o coração, afugenta a Tristeza da pequena Semente e, ao fazer com que a Água (lágrima) evaporar possibilita que a semente germine, crie raízes na Terra – uma metáfora que pode significar o útero materno. Também a alerta para as influências nocivas e as más companhias personificadas na figura da Lagarta Peluda – um ser viscoso que tenta aliciar a pequena semente-criança a desviar-se do seu caminho e afastá-la do lugar onde ela pode crescer de forma saudável, sem saltar etapas. É com o Sol que a Flor, ainda na fase semente ou criança, enceta um diálogo belíssimo sobre o amor e o crescimento-amadurecimento, a fazer lembrar a Raposa e o Principezinho quando abordam o sentido da palavra “cativar” (aprivoiser, no original).

Por seu lado, o Vento traz à Semente o conceito de Transformação, operada em conjunto com o Tempo, o Sol presenteia-a com o conceito de Memória, pois é, precisamente, a Memória que cativa, que aprisiona, aliando a si o sentimento de Nostalgia e de Saudade.

O Tempo movimenta a dança dos Elementos. O Vento que foge, o Sol que alterna a noite com o dia, a Nuvem que oculta temporariamente o Sol e que representa o ciclo da Água que, em conjunto com os outros elementos, fomenta a própria Vida.

A Semente acaba por descobris que o segredo do amadurecimento se esconde no Tempo. Que é preciso saber esperar quando queremos ligar-nos a alguém. A Flor tem de esperar o regresso do Sol.

Mas antes irá viajar nas asas do Vento, ou melhor, da Borboleta e da Abelha, ajudadas pela Brisa – duas inesperadas aliadas. A semente tem ainda de criar as suas raízes – fundamentar, consolidar convicções – para saber a mundo pertence.

Uma belíssima obra literária, destinada ao público infanto-juvenil, de altíssimo teor pedagógico, para ser lida em conjunto por crianças e adultos.

Ou, se quiserem, por flores e pequenas sementes…


Cláudia de Sousa Dias